WSL estreia podcast com campeão mundial Adriano de Souza como convidado

Acaba de estrear no portal da World Surf League – WSL e em diversas plataformas de podcasts o “Surfe Papo & Flow” (https://link.chtbl.com/SurfePapoeFlow), uma troca de ideias sobre os atuais acontecimentos do surfe, com análises de cada etapa do CT – Circuito Mundial da WSL, e da vida dos atletas. Com cerca de 1h30 de duração por episódio, o podcast tem as apresentações de Felipe Marcondes, Gerente Sênior de Marketing e Conteúdo, que está por dentro dos bastidores do surfe há vários anos; e André Gioranelli, ex-surfista profissional, treinador de surfe e atual analista das transmissões ao vivo da WSL. 

O primeiro episódio do “Surfe Papo & Flow” tem como convidado um dos maiores ídolos do surfe, Adriano de Souza, o Mineirinho, campeão mundial em 2015. Logo no início da conversa, Marcondes (que está no Brasil), com sua visão curiosa do surfe, e Gioranelli (que está na Califórnia), com seu lado mais técnico do esporte, comentam sobre a estreia do esporte nas Olimpíadas: o Ouro conquistado por Ítalo Ferreira, as competições de surfe nos Jogos e a polêmica bateria de Gabriel Medina (bicampeão mundial) com o japonês Kanoa Igarashi.

“Na minha visão as notas de Gabriel foram achatadas. Quem acompanha o circuito mundial sabe disso. O que Gabriel fez tinha que ter sido nota para a virada”, afirma Gioranelli. Para ele, também, com as Olimpíadas a visibilidade alcançada por Ítalo tem sido fenomenal. “As competições de surfe são mais para quem curte o esporte, já os Jogos Olímpicos são para todo mundo. Muitos que nunca tinham ouvido falar em Ítalo Ferreira hoje o conhecem”, afirma.

Marcondes, que fica de sempre de ‘olho’ nas mídias sociais dos atletas, pois é o responsável pelas mídias sociais da WSL, completa: “Ítalo passou de 2,8 milhões de seguidores após os Jogos. As Olimpíadas fizeram crescer ainda mais o surfe no Brasil”, avalia.

Após alguns minutos de bate-papo, Adriano de Souza é recebido no podcast. “Fiquei muito feliz de ver o surfe nas Olimpíadas. Um progresso, uma evolução no nosso esporte”, comemora. O campeão fala também dos seus preparos para a etapa do mundial no México, que começa nos próximos dias (10/8), e sobre como foram as etapas da perna australiana, além das pressões que o atleta profissional comumente sofre ao longo de sua carreira: “O esporte de alto rendimento, eleva o estresse mental do atleta ao extremo. Há pessoas que têm um maior equilíbrio emocional para entender isso, enquanto outros seguem sofrendo”, afirma Mineirinho.

Ainda segundo o surfista, que está em sua última temporada disputando o CT da WSL, às vezes a dedicação é grande, mas o resultado não vem. “O atleta precisa e se alimenta de resultados. Eu entrei em uma zona de desconforto em 2017. Fui diagnosticado com Síndrome de Burnout (também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional), estudei sobre essa crise mental e fui saindo dela aos poucos. Em 2020 já estava com foco na dedicação máxima para esse ano de 2021, que vivo agora”. Vale ressaltar que Souza anunciou em 2020 a aposentadoria do circuito mundial de surfe ao final de 2021.

O podcast teve um momento de muita diversão quando Gionarelli lembrou a estreia de Adriano de Souza no Tour do surfe, na época com 17 anos. “Foi no evento do México, que você apareceu com o cabelo moicano e loiro”. Souza rebate, rindo do assunto: “Uma época diferente, quando o surfe era encarado como rock in roll, movimento que na verdade nunca fiz parte mas, pelo menos, tentava na fisionomia”.

Sobre o título mundial, Mineirinho diz que sua vitória veio em 2011, quando teve mais atitude e colocou toda a sua energia na vitória. “Para chegar a ser campeão mundial de surfe temos de atravessar muitos obstáculos ao longo do ano. Eu, por exemplo, precisei transformar as etapas do Havaí e Taiti em algo positivo, trabalhar intensamente no tipo de ondas dessas regiões. Quando iniciei esse processo é que sinto que ganhei meu verdadeiro título mundial”, diz o campeão. E finaliza: “São três pilares que têm que existir: atitude, a intensidade dentro de si e no mar. Coloquei em prática e, mais uma vez digo: o que fica marcado é o resultado. Ninguém vai ver você brigando no escuro”.

Da Assessoria

...
Você pode gostar também

Comentários estão fechados.