Willian decide e Palmeiras quebra tabu em Campinas com virada sobre o Guarani
Após seis visitas decepcionantes ao Guarani no período sem triunfos, o Palmeiras virou pela primeira vez na atual edição do Campeonato Paulista e ressurgiu na disputa. Ao sair perdendo, o time ficava com cinco pontos de desvantagem sobre o Novorizontino. A reviravolta no placar o recolocou na briga pela segunda vaga no grupo, agora com 12 pontos, contra 14 do Novorizontino. O Red Bull Bragantino está disparado na frente, com 20.
Willian fez valer a lei do ex em Campinas. Ele se profissionalizou pelo Guarani e aproveitou uma bela jogada coletiva para concluir o cruzamento de Zé Rafael na segunda trave, para marcar e vibrar muito. Ele sabia que necessitava de um gol para mostrar que ainda é útil. Como Abel Ferreira vai utilizar muito os reservas na temporada, esse gol pode ter dado vida nova ao atacante.
O técnico palmeirense manteve sua estratégia de rodar o elenco para evitar lesões desnecessárias. Nada de arriscar seus desgastados titulares. Optou por utilização dos reservas em Campinas. Até o goleiro Weverton ganhou descanso após a cansativa ida ao Peru, enfrentar o Universitario na estreia pela Libertadores, quarta-feira.
Mesmo com mudanças, o técnico português apostava numa postura de imposição. Queria a vitória que não vinha nas visitas ao Guarani desde um 2 a 0 em 2003. Foram quatro derrotas e dois empates no período.
Com nomes mais experientes em relação à equipe utilizada na rodada passada diante do Botafogo, casos de Felipe Melo, Gustavo Scarpa, Viña e Willian, a meta era acabar com o jejum de quatro jogos sem triunfos no Estadual e encostar no Novorizontino na briga pela segunda colocação da chave C.
Tudo bonito e perfeito que durou pouco com uma sucessão de erros infantis e inadmissíveis no futebol. Primeiro, a marcação deixou o lateral cruzar para a área. A seguir, o defensor afastou a bola para a entrada da área. Por fim, o zagueiro deixou o atacante dominar, driblar e chutar. Resultado: gol de Andrigo e Guarani na frente. O verde que se destacava em Campinas era o dos mandantes.
Foi uma primeira etapa ruim do atual campeão. Carente de entrosamento e totalmente apático, foi presa fácil. Num recuo errado de cabeça de Henri, Vinícius Silvestre salvou o segundo gol nos pés de Davó. O atacante ainda teve um gol anulado por impedimento. Só deu Guarani.
Mais por sorte que competência, o Palmeiras foi para o descanso com a igualdade. Num raro ataque, Scarpa cabeceou errado e contou com desvio de Mateus Ludke para empatar. Gol contra e castigo aos mandantes.
Abel teria 15 minutos para arrumar a equipe. E inovou, fazendo logo quatro substituições, numa prova de reprovação do desempenho observado. Três na defesa. Poupou os substituídos alegando desgaste.
O Palmeiras melhorou um pouco. Mas longe de apresentar o futebol de destaque da temporada passada. O jogo, porém, deixou de ser de uma equipe apenas.
O Guarani não assimilou bem o golpe do empate no minuto final da primeira etapa e voltou avisando dos erros. Na frente a bola parecia queimar nos pés e, curiosamente, logo após outra gol perdido de Davó, buscou a virada.
Willian, profissionalizado no Guarani, marcou e deu importante vitória para o Palmeiras, de volta à briga pela vaga às quartas de final em sua primeira virada no Campeonato Paulista.
FICHA TÉCNICA:
GUARANI 1 x 2 PALMEIRAS
GUARANI – Rafael Martins; Mateus Ludke (Éder Sciola), Romércio, Airton, Bidu; Bruno Silva, Rodrigo Andrade (Tony), Andrigo (Pablo); Bruno Sávio (Régis), Júlio César e Davó (Rafael Costa). Técnico: Allan Aal.
PALMEIRAS – Vinícius Silvestre; Mayke (Gustavo Garcia), Danilo Barbosa, Henri (Rafael Elias), Renan e Viña (Esteves); Felipe Melo, Gabriel Menino (Zé Rafael) e Gustavo Scarpa; Willian e Wesley (Giovani). Técnico: Abel Ferreira.
GOLS – Andrigo, aos 13, e Mateus Ludke (contra), aos 46 minutos do primeiro tempo. Willian, aos 24 do segundo.
CARTÕES AMARELOS – Renan (Palmeiras) e Rodrigo Andrade e Bidu (Guarani).
ÁRBITRO – Vinícius Gonçalves Dias Araújo.
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP).
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