‘Violência de gênero’: denunciar ajuda a salvar vidas

“Em caso de marido e mulher o outro mete a colher sim”, afirma a delegada de
Polícia, Fernanda Lima Moretzsohn. ‘Violência de gênero e atuação da Delegacia da Mulher’ foi o tema de uma live com o jornalista Mauro Picini – Ligado em Você – transmitida pelas redes sociais e canal do youtube do JORNAL DO OESTE.

Dados nacionais apontam que os casos de violência de gênero aumentaram durante a pandemia. Contudo, em Toledo, segundo a delegada, o número manteve similar, o que aconteceu foi que as vítimas também só tiveram a oportunidade de relatarem os fatos ocorridos após o período de isolamento e distanciamento social.

Fernanda relata que a maior parte das vítimas de violência de gênero é composta pelo público feminino, entretanto, os casos não acontecem apenas com mulheres, pois está baseada como a pessoa se comporta em sociedade, ou seja, pode ocorrer em relação aos homens e ao público LGBTQIA+.

A delegada comenta que as situações de violência envolve também a forma de tratamento, pois até o jeito de falar pode ser considerado abusivo. “Quando não existe reciprocidade entre o casal, não tem igualdade de comportamento, quando um trata o outro com inferioridade pode marcar o início de um ciclo de violência. A violência tende a ser um ciclo que vai aumentando a intensidade e a gravidade com o tempo”.

TIPOS DE VIOLÊNCIA – Entre os tipos de violência, Fernanda cita a física (lesão corporal) como uma das mais conhecidas, entretanto, ela pontua que antes de chegar a agressão física, a mulher tenha passado por outros tipos de violência como a psicológica e moral, patrimonial, matrimonial, entre outras.

“Até pouco tempo a violência emocional não era crime. Agora é crime causar dano emocional a mulher, ficar fazendo cobranças que parecem bobas, mas tudo vai juntando e acaba prejudicando a mulher, do tipo desmerecendo em frente aos amigos, no momento, ela até pode rir mas se sente diminuída e desprezada, isso é violência psicológica, também tem a injúria que vira ameaça e pode se transformar em lesão corporal. É um ciclo: ele ameaça depois fica bonzinho, mas volta a ser violento e pode ficar mais grave”, alerta.

DENUNCIAR –  A delegada reforça que a sociedade não deve fechar os olhos diante das situações de violência. Ela pontua que quando toda a rede de apoio atua de maneira integrada é mais fácil combater casos mais graves.

“Sabemos que é preciso coragem para denunciar. Quem presencia situações de violência deve sim denunciar e isso pode ocorrer de maneira anônima pelos telefones 180 ou 100, pois pode ajudar a salvar uma vida. A pessoa que é vítima precisa buscar ajuda, apoio, esclarecer as dúvidas e buscar seus direitos”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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