Vendas de cimento atingem 31,5 milhões de toneladas no 1º semestre, aponta SNIC
Por um lado, o relatório publicado no início da tarde desta quarta-feira, 7, aponta como fatores favoráveis a construção imobiliária, a autoconstrução e a prorrogação do auxílio emergencial. Por outro, os fatores negativos são o aumento no custo de energia elétrica e térmica, a taxa de juros e a indefinição das reformas estruturantes.
No acumulado do ano, todas as regiões do País apresentaram crescimento significativo das vendas, comparado ao mesmo período do ano passado. Destaque para a região Centro-Oeste, com elevação de 21%, seguido do Sul (+19,6%), Norte (19,3%), Nordeste (15%) e Sudeste (12,6%).
O comércio em junho, porém, apresentou enfraquecimento em duas regiões. A maior queda ante junho de 2020 foi registrada no Nordeste, com 2,8%. Com o enfraquecimento de 0,8%, o Sudeste também reduziu a quantidade de vendas. Na contramão, o Sul teve a maior elevação no período, com 11,4%, à frente das regiões Norte (6,7%) e Centro-Oeste (3,3%).
Conforme o balanço, há projeção de crescimento na venda de cimentos em torno de 6% para 2021. A redução da taxa de isolamento e o avanço da vacinação contra a covid-19 melhoraram as expectativas para o setor.
Outros fatores que ainda podem impactar significativamente no mercado são os leilões de concessões de aeroportos regionais, saneamento municipais e ferrovias, além do investimento público em infraestrutura.
“O aumento das vendas de imóveis residenciais em patamares surpreendentes sustenta o desempenho do setor de cimento, mas impõe cautela para o futuro”, diz Paulo Camillo Pena, presidente do SNIC. “É fundamental a continuidade dos lançamentos imobiliários, a manutenção do ritmo das obras, aumento da massa salarial (emprego e renda) e da atividade econômica que manterão o fôlego do auto construtor e a confiança do empreendedor”.
Contato: italo.cosme@estadao.com
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