Unioeste inicia digitalização do acervo do Museu Willy Barth

Uma cooperação técnica, científica e cultural entre o município de Toledo, por meio da Secretaria da Cultura e o Núcleo de Pesquisa e Documentação sobre o Oeste do Paraná (Cepedal) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Campus de Marechal Cândido Rondon, irá viabilizar a higienização, catalogação e digitalização de aproximadamente 5 mil fotografias e outros 15 mil documentos que fazem parte da história de Toledo e hoje estão armazenados no Museu Histórico Willy Barth.

O convênio estabelecendo a parceria foi assinado em dezembro de 2021 pelo prefeito de Toledo, Beto Lunitti, a secretária da Cultura, Rosselane Giordani, o diretor geral do campus, Davi Schreiner, e o responsável pelo Cepedal e pelo Laboratório de Microfilmagem e Digitalização (Lamidi), professor Rodrigo Ribeiro Paziani. Na última sexta-feira (14) essas mesmas autoridades celebraram o início dos trabalhos práticos com uma cerimônia realizada na Unioeste de Marechal Cândido Rondon.

Publicidade – A preservação do acervo de documentos históricos envolve a conversão do suporte físico impresso para o meio digital, por meio de ações de higienização e catalogação do acervo. Caberá às duas instituições dar publicidade às atividades das ações do Convênio para que possa beneficiar o maior número possível de alunos, pesquisadores, pessoas interessadas na consulta do acervo do Museu Histórico Willy Barth e ao público em geral, sempre exclusivamente para fins educacionais, culturais, científicos, ficando vedado o uso para finalidade econômica.

O prefeito Beto Lunitti ressaltou ao falar para o grupo de acadêmicos e professores presentes que ao digitalizar e manusear esses documentos eles estarão mexendo com a alma, a vida e a história de pessoas. “E quando fazemos tudo isso, conseguimos compreender a dimensão do passado, do presente e do futuro”. Beto elogiou e disse ser necessário ter gratidão para aqueles que foram os “precursores do seu tempo” e que em Toledo existe uma cultura muito forte de valorização da nossa história. Nesse sentido, ao se referir aos pioneiros, orientou: “queremos que esses homens e mulheres possam ser eternizados em uma tecnologia”, fazendo menção ao processo de digitalização documental iniciado pela Unioeste. 

“Nós queremos digitalizar o passado, a história, e colocar isso à disposição das pessoas. Esperamos que as pessoas possam ter Toledo como uma cidade inteligente que possa mostrar a hora que se quer, da forma que se pode, a chegada dos 15 primeiros pioneiros em 27 de março de 1946”, exemplificou Lunitti ao anunciar as possibilidades futuras de manuseio do acervo histórico. 

O diretor geral da Unioeste Campus de Marechal Cândido Rondon, Davi Félix Schreiner, destacou a importância da memória na formação do cidadão e dos futuros profissionais. “Esse convênio foi realizado de forma bem dialógica entre o nosso pessoal e a equipe da Secretaria da Cultura de Toledo. Esse é um trabalho muito importante a ser feito. A partilha da memória é feita por pessoas e essa é uma das dimensões centrais deste convênio, essa sinergia de unir forças e produzir uma biblioteca virtual para que as pessoas possam visualizar, aprender, rememorar e portanto possam conhecer melhor sua própria trajetória, do município e de como os processos históricos se fazem é extremamente importante”, frisou Schreiner. 

O momento, para a secretária de Cultura de Toledo, é histórico. “Nós estamos extremamente felizes com esse momento. É uma ação importante da política de memória e patrimônio desenvolvida pela Secretaria da Cultura. É uma ação que vai reverberar em Toledo, pois teremos a possibilidade de ter todo o acervo documental do Museu Histórico Willy Barth digitalizado por meio da tecnologia. É o primeiro passo para a modernização do Museu e disponibilização desse acervo para a comunidade. Todo o acesso a esse material poderá produzir novas pesquisas sobre a cidade, por isso entendemos que Toledo está em festa nesse momento por essa valorização expressiva da cultura e memória de nossa cidade”, exaltou Rosselane. 

O professor Rodrigo Paziani informou que o trabalho de higienização dos materiais já teve início na última semana após finalizado o processo de seleção dos acadêmicos do Curso de História que darão atenção exclusiva ao convênio. Gabriela Suemi Matsumi Rodrigues, do 4º ano, e Renato da Silva Severino, do 1º ano. “Nós já recebemos aproximadamente 600 fotografias da cidade, nosso trabalho será de receber esses materiais, higienizar com equipamentos adequados, vamos fazer uma primeira catalogação e depois a digitalização com um scanner de alta resolução adquirido em função do convênio que capta as imagens com muita qualidade e depois serão convertidos em arquivos digitais, que junto com uma catalogação digital, será transformado num material que poderá se transformar num banco de dados digital para alimentar a rede da Secretaria da Cultura. Isso possibilitará o acesso facilitado. Esse projeto deve levar de um ano e meio a dois anos para ser concluído. Esperamos, nesse período, devolver ao cidadão toledano toda a riqueza da história da cultura da localidade”, enfatizou o coordenador. 

Ele disse ainda que os acadêmicos estão empolgados em dar andamento ao projeto. “Cada foto vem de uma família, então não mexemos só com os documentos, mas com a memória de pessoas. Fico muito feliz em poder participar. Essa é uma oportunidade única de se aproximar dessas histórias e fazer parte desse processo de registro e construção do armazenamento dessa história”, declarou a acadêmica Gabriela Rodrigues.

Da Prefeitura de Toledo

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