Unioeste cria filtro para diminuir mau cheiro causado por indústrias

Um projeto de pesquisa desenvolvido pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) é responsável pela criação de um filtro inédito para diminuir a emissão de gases que causam mau cheiro provenientes de indústrias. O projeto está entre os oito com patente aprovadas pelo Prime, numa parceria do Sebrae, Governo do Paraná e Fundação Araucária. O novo filtro pode dar solução mais acessível às empresas, orientadas seguir as normativas de leis de poluentes, além de acabar com inúmeros conflitos entre moradores que residem em áreas industriais e as empresas.

Coordenado pelo professor doutor Camilo Freddy Mendoza Morejon e com pesquisadores Andy Avimael Saavedra Mendoza, aluno do Programa de Doutorado, o projeto já teve experiência de parceria com uma empresa Faricon, de Toledo, nos moldes de inovação e também conta com o Jeferson Alexandre Dos Santos Bosa, como representante técnico da empresa 

A Faricon Agricola Eireli é uma empresa em Brasil, com o escritório principal em Toledo. Opera no setor Processamento de subprodutos da carne, desde 2014. 

O novo filtro é direcionado para indústrias de pequeno, médio e grande porte da região Oeste. Agora, com a patente depositada e o apoio dos parceiros do Prime, essa tecnologia poderá ser transferida ao setor industrial, ganhando espaço dentro e fora do Brasil.

O novo e filtro vai permitir a depuração de odores de resíduos gasosos de indústrias. Com o Prime, a tecnologia desenvolvida pela Unioeste, por meio do projeto, pode resultar em resultados em três setores de negócios. O primeiro a fabricação do filtro, seguido daquele responsável pela implantação dessa tecnologia e, por último, um setor para implantar a operação do equipamento nas indústrias.

Os pesquisadores comemoram o resultado da seleção do Prime, reforçando que essa novidade poderá resultar em consequências positivas para o meio ambiente, economia e sociedade. “Com potencial de geração de emprego e renda”.

O equipamento do filtro foi construído em aço inoxidável. O modelo desenvolvido tem com base da pesquisa aplicada com a parceria Universidade-Empresa. Na primeira fase, houve estudos de campo para identificar as características do filtro, em termos quantitativos e qualitativos. Houve, ainda, pesquisa laboratorial, desenvolvimento do protótipo com a realização do desenho técnico e, na sequência, a realização dos testes e implementação na escala real de operação. 

Depois instalado, o equipamento tem tecnologia permanente, com manutenção básica nos meios filtrantes. O novo produto foi desenvolvido após quatro anos de pesquisa. 

O projeto é um estudo de caso do Grupo de Pesquisa em Inovações Tecnológicas para do Desenvolvimento Territorial Inovador (GPINOVA) e os resultados transbordaram da escala piloto para a escala real.

FILTROS DE AR – Em processos industriais, os filtros de ar realizam antes de tudo a função de tratamento do ar ambiente, barrando contaminantes aéreos provenientes dos mais diversos setores da indústria como: partículas de poeiras, fumaças, substâncias tóxicas e particulados diversos.

Os pesquisadores explicam que o mau cheiro resultante dos processos produtivos industriais pode causar inúmeros problemas. Para diminuir riscos, o controle de odor industrial é uma tarefa fundamental, tanto para as linhas produtivas que emitem um volume grande de gases, como para indústrias menores.

Com o controle adequado sobre o nível de odor da geração de gases, a indústria tem maior tranquilidade em relação ao conforto do seu ambiente produtivo. Somente esse fator já agrega valor para aumentar a produtividade dos colaboradores da indústria.

O mau cheiro de indústrias traz desconforto e reclamações por parte de moradores que moram perto desses locais. Além disso, o odor é um fator que afeta a sustentabilidade da indústria, causando poluição do ar, o que afeta a saúde da população. “Para sustentabilidade da indústria esse é um fator primordial e diferencial, que pode fazer a diferença na rotina produtiva.

O Governo do Paraná criou o Plano Estadual de Controle da Poluição do Ar e de Proteção da Atmosfera (Proejar), que compreende ações para aprimorar o controle de emissões atmosféricas poluentes. Uma resolução conjunta.

Os avanços do Paraná na Gestão e Monitoramento da Qualidade do Ar e Emissão Atmosférica, além de regulamentar a Lei Estadual nº 13806/2002. Entre as ações do Proejar, está o estabelecimento de padrões mais restritivos para a emissão de poluentes em diversas atividades econômicas. Com isso, o Paraná inicia os trabalhos para atender os padrões da OMS.

No Estado existe como referência padrões que são estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que são menos restritivos e não necessariamente representam a condição de qualidade do ar para a saúde humana.

Desde 2014, o Paraná é o segundo estado do Brasil a transmitir a qualidade do ar nas estações de monitoramento automático em tempo real. As informações são atualizadas no site do IAP de hora em hora

Os professores elucidam, ainda, que nesse processo considerações ambientais e sanitárias também são relevantes. “O processo de tratamento do mau cheiro geralmente acontece simultaneamente ao do controle e retenção de poluentes, portanto, é um parâmetro que anda em conjunto com o cumprimento das normas ambientais em relação à emissão de gases tóxicos.

Para realizar o controle de odor industrial mais adequado é necessário fazer uma análise criteriosa sobre a atividade produtiva.

O controle de odor industrial é integrado junto a: lavadores de gases, absorvedor de gases; filtro eliminador de névoa e filtro e controle de material particulado.

CASCAVEL

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