Últimos hóspedes do Maksoud Plaza relatam expulsão do local na segunda-feira
Eles reconhecem que o hotel tentou entrar em contato, mas dizem que não havia nenhum aviso sobre o encerramento das atividades. “A gente não viu as ligações. Estávamos passeando. Foi uma situação que estressou a gente”, diz Mariana, filha de empresários do setor hoteleiro e estudante de pós-graduação.
De acordo com o casal, o maior problema foi a falta de comunicação. Quando fizeram a reserva por um site de viagens, eles escolheram o dia 7 como encerramento da estadia. Na noite de segunda, o casal se transferiu para outro hotel em São Paulo.
Apesar do desconforto, o casal reagiu com tom de ironia por terem sido os últimos hóspedes do icônico hotel paulistano. “O fato legal foi ter conhecido o Maksoud aos 45 do segundo tempo”, diz Mariana. “Nós entramos para a história do Maksoud”, diz Eduardo, que é arquiteto.
O Maksoud Plaza informa que avisou todos os hóspedes por carta e também por ligação telefônica sobre a necessidade do check-out ser feito até segunda pela manhã, antes do encerramento das atividades. Ainda segundo a administração, o hotel interrompeu a realização de reservas na última semana considerando o encerramento das atividades na segunda-feira.
Fechamento encerra 42 anos de história
Um dos ícones da hotelaria de São Paulo, o Maksoud Plaza anunciou o encerramento das atividades nesta terça-feira, 7, aos 42 anos. O espaço – que esteve no auge nos anos 1980 e 1990 e recebeu celebridades nacionais e internacionais, como Frank Sinatra – continuará a existir enquanto marca e há planos de reabertura em um novo endereço.
Em crise, o hotel estava em recuperação judicial desde 2020. Em nota assinada pela administradora (HM Hotéis) e a controladora (Hidroservice Engenharia), o fechamento é atribuído à “crise da covid-19” e ao “plano de reestruturação do Grupo Hidroservice”. Uma reportagem publicada pelo Estadão em 2020 também apontou que o espaço era alvo de uma longa disputa familiar.
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