UEM vai sediar curso de especialização ligado à Residência Técnica em Ciências Forenses
Evento ocorreu ontem, no câmpus sede; curso vai oferecer 87 vagas a profissionais com até 3 anos de formatura
Numa solenidade que reuniu algumas das principais autoridades da área no Estado, foram lançados, ontem (26), na Universidade Estadual de Maringá (UEM), o curso de especialização (a distância) e o Programa de Residência Técnica (Restec) em Ciências Forenses, fruto da parceria entre a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), por intermédio da Polícia Científica, a UEM e a Universidade Virtual do Paraná (UVPR).
Com isso, a previsão é que nos próximos dias seja publicado o edital de seleção. Poderão se inscrever os profissionais recém-graduados (até 3 anos), a contar da data de colação de grau até a data de publicação do edital. Os aprovados no processo seletivo farão o curso de Especialização EaD pela plataforma Nead-UEM e atuarão 30 horas semanais em uma das sedes da Polícia Científica do Paraná, por um período de 24 meses, conforme detalhamento que constará no edital. Para tanto, os estudantes receberão bolsa mensal de R$1.900,00 por todo o período do curso. Recentemente o governo do Estado sinalizou um aumento de 25% no valor da bolsa, reajuste ainda não incorporado.
Dizendo ter acompanhado os esforços dos envolvidos no projeto, o reitor Júlio César Damasceno enfatizou que a UEM sempre estará à frente dos desafios. Ele entende que a ciência forense vai ajudar a sociedade a avançar na solução de enigmas que o ser humano ainda tem limitações.
O superintendente da SETI, Aldo Bona, ressaltou a importância da residência técnica na formação de novos quadros. Destacou o fato de programas como este oportunizarem a experiência de atuação no serviço, especialmente na esfera pública. Conforme relatou, todos ganham, na medida em que o recém-graduado, aluno da residência, leva ideias novas ao ambiente de trabalho e os mais experientes também têm a oportunidade de se reinventarem.
Bona também enalteceu o salto na quantidade de programas de residência técnica, de um para doze, na atual gestão do governo. Ainda segundo o superintendente, antes havia apenas uma universidade abrigando os programas, que agora têm sido ampliados para as demais IES estaduais.
Instituída pela lei estadual nº 20.086/2019, a Restec surgiu com o propósito principal de fomentar o aprimoramento profissional de egressos de graduação. O projeto da Residência em Ciências Forenses tem investimento de cerca de R$ 5,4 milhões, provenientes do governo paranaense por meio da Sesp, valor que poderá, com o reajuste de bolsas, passar de R$ 7 milhões.
O diretor da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki, fez um histórico da Polícia Científica no Estado, hoje com 27 unidades em funcionamento, realizando cera de 120 mil exames por ano. Ele, que também é presidente da Academia Brasileira de Ciências Forenses, manifestou felicidade pelo lançamento do curso, e expressou a mais profunda gratidão a todos que trabalharam para que o momento se concretizasse.
Discursando na sequência, o coordenador geral e pedagógico da Restec lançada, professor Luiz Fernando Lolli, falou sobre o avanço das ciências forenses na UEM, fazendo um retrospecto dos dois últimos anos, desde os debates iniciais com a polícia científica da Maringá. Neste período, destacou que a UEM celebrou termo de cooperação técnica com a Sesp, envolvendo as polícias científica e militar do Paraná, para possibilitar a realização de projetos de ensino, pesquisa, extensão, prestação de serviços, desenvolvimento tecnológico e inovação. Uma outra ação paralela é a criação do Programa Núcleo de Ciência e Tecnologia Forense (Proforense-UEM), já em tramitação na UEM e que buscará congregar os pesquisadores da área, além de contribuir com a construção da Rede de Ciências Forenses do Paraná. O programa já conta com espaço físico para a sua sede e agora, segundo Lolli, a ideia é concluir sua tramitação institucional e iniciar os trabalhos ainda no corrente ano.
Ao comentar detalhes sobre a residência técnica, Lolli frisou que serão 87 vagas distribuídas pelo Estado e que o edital contemplará 39 profissões diferentes. Terão vagas todas as cidades que possuem estrutura da polícia científica e, ao final do curso, o então egresso receberá dupla certificação, a de Especialista em Ciências Forenses pela UEM e a de Residente Técnico pela Seti.
A cerimônia de ontem, no auditório da Biblioteca Central dos Estudantes (BCE), com transmissão da UEM TV, reuniu, ainda, na mesa de honra, a coordenadora de Ensino Superior da Seti, Gisele Onuki; o diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Miguel Machinski Junior; e a diretora do Nead, Josemayre Novelli.
Da Assessoria