Uefa proíbe bandeiras com arco-íris em metade dos jogos das quartas da Eurocopa

Entidade que organiza o futebol europeu e, consequentemente, a Eurocopa, a Uefa anunciou neste sábado que duas das quatro partidas das quartas de final da competição foram proibidas manifestações e bandeiras que contenham o arco-íris, símbolo da luta LGBTQIA+ por igualdade. Os compromissos estavam marcados para ser realizados na Rússia e no Azerbaijão.

Em São Petersburgo, nesta sexta-feira, a Espanha derrotou a Suíça nos pênaltis após empate no tempo regular em 1 a 1. Neste sábado, no Estádio Olímpico de Baku, República Checa e Dinamarca medem forças para ver quem avança e se classifica entre os 4 finalistas da atual edição da Eurocopa. Nenhum dos dois duelos foram autorizados a conter manifestações contra a homofobia. A Uefa diz, em comunicado oficial, que a decisão é baseada na legislação de cada local.

“A Uefa apoia totalmente o significado e a causa das mensagens de tolerância e respeito pela diversidade, o que já foi mostrado em todos os estádios das oitavas de final”, diz um trecho do comunicado. Em seguida, a entidade confirma que as bandeiras estão permitidas a serem erguidas em Munique (nesta sexta) e em Roma, neste sábado.

Porém, a mensagem continua, dizendo que a Uefa “exige que os seus patrocinadores garantam que as suas obras de arte estão em conformidade com a legislação local e compreendemos que este não é o caso em Baku e São Petersburgo.”

Apesar de obedecer as leis locais para não estampar imagens sobre a causa em questão, o informativo da Uefa destaca que continuará a apoiar e divulgar a luta contra todos os tipos de discriminação através da campanha Equal Game em todos os estádios em todos os jogos restantes. Por fim, informa que todos os patrocinadores decidiram por não usar mais o arco-íris em suas ações, visto que “o mês do orgulho gay está chegando ao fim”.

A Uefa já enfrentou duras críticas durante a Eurocopa, como quando rejeitou o pedido para que a Allianz Arena estampasse as cores do arco-íris mesmo após a insistência, dizendo que isto seria um ato político contra as novas leis implementadas pelo governo da Hungria.

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