Trump enviará filho a conferência conservadora no Brasil

Donald Trump Jr., primogênito do ex-presidente dos Estados Unidos, será o palestrante principal da conferência conservadora CPAC no Brasil. Os organizadores brasileiros queriam o próprio Trump, ex-chefe da Casa Branca, nesta posição. No início do mês, o deputado Eduardo Bolsonaro, um dos responsáveis por promover o evento nacional, se reuniu com Trump em Nova York e convidou pessoalmente o ex-presidente.

O convite para que Trump visitasse o Brasil já havia sido feito em outras ocasiões pelo presidente Jair Bolsonaro, quando o republicano ainda era presidente dos EUA. Trump é a grande inspiração de Bolsonaro e do deputado Eduardo (PSL-SP).

O filho do ex-presidente americano foi um dos responsáveis por ampliar a divulgação de falsas acusações de fraude na eleição americana em 2020. Ele deve viajar ao Brasil com Jason Miller, ex-assessor de Trump que busca bolsonaristas para inflar uma nova plataforma de rede social chamada “Gettr”, uma reação de aliados de Trump às remoções de conteúdo feitas pelas plataformas de redes sociais a conteúdos falsos, teorias conspiratórias – especialmente sobre o combate à pandemia – e à incitação à violência.

Miller embarcaria ao Brasil no dia 22 de agosto, mas adiou a viagem para conciliar com a realização da CPAC. Até agora, o brasileiro Jair Bolsonaro foi o único presidente no cargo a criar um perfil no “Gettr”. Os filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro também fizeram contas na plataforma.

O Brasil tem atraído também a atenção de Steve Bannon, ex-estrategista de Trump e conselheiro informal de populistas de direita. Em evento ao lado de Eduardo Bolsonaro na Dakota do Sul, neste mês, Bannon disse que Bolsonaro enfrentará o “esquerdista mais perigoso do mundo, Lula”, no ano que vem e que a eleição brasileira de 2022 será a “mais importante da história da América do Sul”.

Conforme o Estadão revelou, a Polícia Federal passou a monitorar as investidas no Brasil do ex-estrategista do ex-presidente americano Donald Trump. Steve Bannon tem atacado instituições brasileiras e questionado a lisura do sistema eleitoral do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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