Triste com críticas, Abel Ferreira cobra apoio por um Palmeiras ‘mais temido’

Abel Ferreira vem sofrendo muito com as cobranças da torcida do Palmeiras após a perda de títulos e a eliminação para o CRB na Copa do Brasil. Sentindo-se injustiçado, ele resolveu cobrar os palmeirenses para que mudem de postura e transmitam apoio nas dificuldades para a equipe ficar “mais temida”.

“Fico triste quando vejo alguma torcida criticando. Triste porque, na vida, quando tenho dificuldade, espero apoio”, afirmou o treinador, após a vitória sobre o América-MG por 2 a 1 no Allianz Parque. “Faz a diferença. Quando estou mal, sei que estou mal. Quando todos somos um, somos mais fortes. Quanto mais unidos estivemos, mais temidos seremos”, profetizou.

O treinador disse que fará o mesmo que estão fazendo com ele a partir de agora. Vai exigir que os torcedores façam a diferença para o Palmeiras ir bem nas competições que restam: o Brasileirão e a Copa Libertadores.

“O mesmo que exigem de mim, exijo dos torcedores: que apoiem a equipe. Todos”, cobrou. “Temos de aguentar as críticas, mas gostamos mais de apoio do que cheguem com uma faca por trás. Não precisamos de sangue. As torcidas que fazem a diferença são as que fazem diferente.”

O treinador também não poupou o time de críticas, sobretudo pelo fraco desempenho no primeiro tempo. Ele teve de dar uma enorme bronca no intervalo para evitar tropeço diante de um rival entre os piores na tabela.

“As estatísticas mostram bem o quanto entramos desconcentrados no jogo. E eles aproveitaram nossa falta de foco”, disparou. “Demos 45 minutos de vantagem”, seguiu. “Aqui no Brasil, os jogadores são bons tecnicamente, mas falta intensidade de jogo, mental, o querer ser melhor.”

Admitiu, porém, que na etapa decisiva a melhora foi evidente e o sofrimento não deveria durar até o últimos lance. Citou oportunidades desperdiçadas por Marcos Rocha, Willian, duas com Luiz Adriano e a bola na trave de Deyverson para endossar que a virada devia vir bem antes. “O 2 a 1 deveria ter acontecido mais cedo. Mas se eu quisesse estar na minha zona de conforto, teria ficado em Portugal.”

Sobre os sete minutos sem Patrick de Paula em campo por causa de problema com piercing na orelha, deixou na mão dos diretores. O jogador, por sua vez, se desculpou. “Gostaria de pedir desculpas a toda torcida, em especial aos meus companheiros. Jamais será minha intenção prejudicar o time e muito menos o resultado. Hoje eu falhei e assumo meu erro.” O volante deve receber uma multa disciplinar da diretoria.

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