Toledo: Representante do Clube de Ciências do Jardim participa de Feira em Dubai
O Brasil esteve bem representado por diversos estudantes na feira de ciência e tecnologia Milset Expo-Sciences Asia 2022, considerado um dos maiores eventos científicos do mundo, que aconteceu em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, nesta semana. Mais de 400 pessoas de diversos países participaram do evento organizado pelo Movimento Internacional para Atividades de Lazer em Ciência e Tecnologia (Milset). O programa concentra na criatividade de jovens aspirantes a cientistas de todo o mundo. O evento inclui categorias como ciências básicas, energia, transporte, física, astronomia, agricultura, biotecnologia, robótica, inteligência artificial e ciências espaciais.
A estudante Isaura Barbosa participou do Clube de Ciências do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre e desenvolver o trabalho com extratos vegetais de suculentas e cactos para controlar um fungo que ataca a laranja. A pesquisa foi selecionada para participar do evento. Atualmente, Isaura cursa Ciências Biológicas, em uma universidade no estado de Minas Gerais.
A coordenadora do Clube de Ciências, Dioneia Schauren, afirma que a participação de um estudante neste estilo de feira é algo gratificante. “Você acompanha os avanços do aluno. São passados ‘os primeiros passos’ na iniciação científica. O estudante começa a se desenvolver e conquista um espaço para conseguir aprimorar a sua pesquisa”.
Ela recorda que a Isaura participou do Clube há dois anos e a estudante participou de um evento internacional. “É uma sensação única. O sentimento em que consegui fazer a diferença na vida da aluna”.
Isaura é natural do estado de Minas Gerais. Por ter familiares em Toledo, ela passava suas férias no município. “Em janeiro, ela conhecia os projetos do Clube de Ciências, porque a sua prima desenvolvia pesquisas aqui. Quando Isaura concluiu o Ensino Fundamental em Minas, ela decidiu mudar-se para Toledo e cursou o Ensino Médio no Jardim Porto Alegre”, recorda Dioneia.
A professora ainda salienta que no ano de 2020, Isaura participou de uma feira, em Recife, e ganhou a credencial para a Feira em Dubai. “Atualmente, está em Minas e estuda Ciências Biológicas”.
PENSAMENTO CRÍTICO – De acordo com a coordenadora do Clube de Ciências Dioneia, o aluno quando desenvolve a iniciação científica ou trabalha com pesquisa se torna uma pessoa mais crítica. “O estudante começa a questionar e, principalmente, produzir novas perguntas. Uma propaganda relatava que não são as respostas que movem o mundo, e sim, os questionamentos”.
Dioneia explica que quando existem as perguntas, alguém precisa buscar responde-las. “O ato de buscar as perguntas faz a diferença. Enquanto alguém estiver questionando, outra pessoa buscará meios para produzir o conhecimento, o qual será a resposta propriamente dita”.
No momento em que o aluno começa a questionar, ele passa a produzir o conhecimento e colabora para o seu crescimento intelectual. “Ele aprende que deve buscar as respostas em meios confiáveis, como em trabalhos científicos, em artigos ou em leituras internacionais. Analisar as respostas já encontradas por outros pesquisadores e, quando for possível, comparar o conteúdo”.
Certamente, o estudante se torna uma pessoa melhor e ao produzir o conhecimento auxilia para a formação de uma sociedade melhor. “Com respostas mais precisas conseguimos formar uma comunidade mais crítica”.
DESAFIOS – Para 2022, os obstáculos para a pesquisa não serão o interesse de cada estudante ou a falta de conteúdo para buscar respostas, e sim, recurso financeiro e a falta de profissionais. “Como retornamos para o trabalho presencial, nós teremos dificuldade em participar das Feiras, pois todas necessitam de recursos”.
Outro fator limitante será a carga horária. “A comunidade escolar apresenta uma sequência grande de atestado e, por consequência, o número de funcionário está reduzido, no entanto, a demanda de trabalho continua igual. Nós passamos a auxiliar em outros setores”.
Dioneia ainda complementa que existe a expectativa de como será este ano. “Ainda não começamos os projetos novos. Estamos somente com projetos antigos. Os estudantes estão trabalhando desde janeiro. Os projetos novos ainda não sabemos se essas propostas sairão do papel”.
Da Redação
TOLEDO