Toledo lança cursos de línguas para integrar imigrantes e servidores municipais

A Secretaria de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano (SMDH) de Toledo deu início a importantes iniciativas de inclusão cultural voltada à população imigrante. Dois cursos de línguas foram lançados com o objetivo de promover a integração e facilitar o acesso aos serviços públicos: um curso de língua portuguesa para imigrantes e uma capacitação em crioulo haitiano para servidores municipais.

No último sábado (12), ocorreu a aula inaugural das turmas de língua portuguesa para imigrantes, ministrada pelo advogado haitiano Pierre Erick Bruny. Realizado na Cozinha Escola, anexa ao Banco de Alimentos, o curso tem 40 alunos de cinco nacionalidades diferentes – cubanos, egípcios, gambianos, haitianos e turcos. 

Com carga horária total de 46 horas, sendo 40 presenciais e 6 extracurriculares, o curso tem como principal objetivo auxiliar os imigrantes na adaptação à vida no Brasil, além de preparar os participantes para o processo de naturalização junto à Polícia Federal. Ao término do curso, os alunos receberão certificados expedidos por instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC): Centro de Ensino de Línguas de Toledo (Celto), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), contratado pela administração municipal para esta finalidade.

Crioulo haitiano – Já na noite desta quarta-feira (16), foi a vez de um grupo formado por servidores públicos municipais dar início ao curso de crioulo haitiano, promovido também por intermédio do Celto e realizado nas dependências do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). 

A capacitação, com 22 alunos inscritos e carga horária de 40 horas, é ministrado também por Pierre Erick Bruny e ocorrerá às segundas e quartas-feiras, das 18h30 às 22h30. Esta ação, planejada desde 2022 pela Coordenadoria de Políticas para Imigrantes e Outros Grupos Vulnerabilizados da SMDH visa melhorar a comunicação entre os servidores e os imigrantes haitianos, que representam um público significativo atendido por diversas secretarias municipais.

Segundo a SMDH, a comunicação eficaz é fundamental para garantir que os imigrantes haitianos tenham acesso pleno aos serviços públicos. “Estamos trabalhando para que as barreiras linguísticas não sejam um obstáculo na prestação de serviços essenciais, promovendo uma verdadeira inclusão social e cultural”, destaca a coordenadora de Políticas para Imigrantes e Outros Grupos Vulnerabilizados da pasta, Laudiceia Correia. “Isso é necessário, visto que, na avaliação dos serviços de diversas secretarias, a comunicação no idioma dos migrantes haitianos tem sido um grande desafio para a compreensão durante os atendimentos em diversas políticas públicas”, pontua a diretora de Políticas de Cidadania e Desenvolvimento Humano da SMDH, Daliana Uemura.

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