Toledo cria 965 postos de trabalho em fevereiro

Da Redação

TOLEDO

O município de Toledo fechou o mês de fevereiro com saldo positivo de 965 empregos gerados com carteira assinada. Os dados foram divulgados na última quarta-feira (27) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). O saldo é resultado da contratação de 3.893 trabalhadores e do desligamento de 2.928.

No acumulado do ano (janeiro/2024 e fevereiro/2024), o saldo de empregos também foi positivo em 1.418. Nos dois primeiros meses do ano foram contratados 7.033 trabalhadores e demitidos 5.615.

O diretor da Agência do Trabalhador de Toledo Rodrigo Souza comenta que o acumulado dos dois primeiros meses de deste ano demonstra que o mercado de trabalho de Toledo está aquecido. “Esse aquecimento está relacionado a confiança do empresário, o responsável por gerar emprego. Quando a empresa contrata significa que está na última etapa para se estabelecer na região”, afirma.

DADOS – Os setores da economia local que registraram saldo positivo no mês de fevereiro foram: Serviços com 692 postos; Construção Civil com 170 postos; Indústria com 129 postos e Agropecuária com 4 postos. O diretor da Agência do Trabalhador pondera que a contratação também demonstra que a roda econômica em Toledo está em constante funcionamento.

Na ocasião, Souza destaca que a atuação da Construção Civil, o setor que mais cresceu no mês de fevereiro. “Um setor que continua aquecido e gera muitos empregos no município. A construção civil foi a responsável pelo maior número de contratações no período, ou seja, foi em média 5,86% de crescimento comparado com momentos anteriores”, pontua o diretor.

O economista Jandir Ferrera de Lima também destaca o protagonismo do setor de Serviços na economia local e nacional. “O setor de Serviços tem se destacado também na recuperação da economia brasileira. Tanto que a taxa de desemprego caiu de 11% para 7,5% no último ano. Com a melhora no mercado de trabalho e na renda, a população tende a buscar serviços”, explica.

Lima ressalta que o crescimento dos serviços também reflete a diversificação da economia local. “Toledo saiu de um pouco mais de 100 mil habitantes para praticamente 150 mil habitantes em uma década. Essa população adicional demanda bens e serviços”.

Ele recorda que os serviços médico hospitalares, alimentação e renovação estão entre os que mais se destacam nas cidades brasileiras. E o cenário deve ser semelhante em Toledo.

“Enquanto polo microrregional se percebe a expansão do atendimento médico hospitalar em Toledo, tanto no crescimento das clínicas médicas e de análises clínicas, quanto no aumento do atendimento hospitalar para a população. Um exemplo é o Hospital Regional de Toledo que entrou em funcionamento a poucos meses, já contratando dezenas de trabalhadores na área de serviços”, exemplifica.

QUEDA – Em fevereiro, de acordo com os dados do Novo Caged, somente o setor do Comércio registrou saldo negativo na geração de emprego (-30). Jandir Ferrera de Lima lembra que no período, no centro da cidade de Toledo houve uma série de fechamento de pontos comerciais.

“A principal reclamação é o valor do aluguel e a baixa rentabilidade do negócio. Ou seja, enquanto nos serviços há uma forte relação entre pessoas, mesmo nos serviços de entrega e transporte, o comércio está sofrendo com a concorrência do comércio eletrônico, que é impessoal”, explica o economia.

Para se reerguer e recuperar o fôlego, ele cita que o setor do Comércio precisar de manobras e se reinventar. “O comércio passa por uma transição e em alguns casos precisa se reinventar e se associar a atividades de prestação de serviços. Um exemplo disso são as barbearias, que se mesclaram a bares, cafeterias e fumódromos. Ou seja, o caso do comércio não vejo como sazonal, mas uma reacomodação do setor. Em alguns casos o comércio está se esparramando nos bairros para diminuir o peso dos aluguéis e ganhar no mix de produtos”, esclarece.

Por fim, o economista enfatiza que os setores do Comércio e de Serviços são sensíveis ao cenário macroeconômico. Numa situação de incerteza as famílias cortam serviços e diminuem suas compras comerciais. “Como o cenário é positivo para o emprego com queda na taxa de juros e aumento do poder de compra dos salários, o momento favorece o otimismo. Nesse momento, com a renegociação de dívidas muitas famílias voltaram ao mercado consumidor”, conclui.

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