Tempestades de poeira voltam a atingir cidades no interior de São Paulo

Tempestades de poeira voltaram a atingir cidades do interior de São Paulo, nesta segunda-feira, 8. Houve registros do fenômeno em ao menos oito cidades das regiões de Bauru, Marília e Ourinhos. Em alguns municípios, além das nuvens de poeira, houve registro de chuvas rápidas e temporais. O fenômeno foi menos intenso do que os registrados nos dias 26 de setembro e 14 de outubro deste ano também no interior.

Em Paulistânia, a dentista Alexandra Kesam, que atua na unidade de saúde do município, registrou a passagem da tempestade de poeira. Segundo ela, quando a nuvem avermelhada encobriu a cidade, a energia acabou. Muitas pessoas saíram das casas para observar o fenômeno. Ela contou que a ventania durou cerca de 40 minutos. A densa nuvem de poeira atingiu também Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos, na mesma região. Motoristas que transitavam pela rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP-255) relataram sustos ao serem envolvidos pelo poeirão.

Em Ourinhos, moradores do Recanto dos Pássaros registraram a passagem da nuvem de poeira, com rajadas de vento. Logo depois caiu a chuva. Em Marília, a densa camada de poeira em suspensão foi registrada na Rodovia do Contorno e em bairros da zona norte. Bairros de Bauru também chegaram a ficar encobertos pelo pó.

No fim da tarde, outras cidades do sudoeste paulista foram atingidas por temporais com chuva intensa e rajadas de vento. Em Taquarituba, ao menos dez árvores caíram e casas ficaram destelhadas. A força do vento causou o tombamento de uma carreta carregada com laranjas na rodovia Eduardo Saigh (SP-). O motorista não se feriu. Em Itaí, o telhado de uma casa caiu sobre uma mulher e suas três filhas, mas elas foram resgatadas pelos bombeiros apenas com escoriações.

O Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru registrou ventos com velocidade de até 60 km por hora na tarde desta segunda. Conforme o meteorologista José Carlos Figueiredo, as tempestades com ventos fortes levantam a poeira ao atingirem o solo seco, desprovido de vegetação, devido às recentes queimadas na região.

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