SP: Nunes diz que reajuste da tarifa de ônibus será decidida com prefeitos
O prefeito disse que é “natural” que se discuta a questão tarifária no último trimestre e pontuou que pesa para o tema o aumento no preço do diesel ao longo do último ano. “Com 65,2% de aumento no diesel, não tem como, a gente tem que ter essa transparência, dizer que isso não vai refletir no custo do transporte”, disse, em entrevista coletiva.
Sobre a necessidade de um subsídio do governo federal, Nunes reiterou que a união dos prefeitos nacionais tem uma demanda junto ao governo federal há muito tempo. “Isso tem sido discutido há muito tempo, para o governo federal ajudar com o subsídio do transporte coletivo, porque quando você faz subsídio do transporte coletivo é uma política pública muito importante”, disse.
Nunes participou de entrevista coletiva na manhã desta sexta, durante inauguração da estação João Dias da linha 9-Esmeralda da CPTM.
Exoneração
Contra a indicação do Ministério do Trabalho, Nunes afirmou que “não vai recuar” e que a capital vai manter as demissões por justa causa de servidores não vacinados contra a covid-19. De acordo com o prefeito, essa é uma medida para reforçar a importância da imunização à população.
Em sua avaliação, a atitude do ministério foi “deselegante, inclusive, chata, porque todo mundo está indo na linha de defender a vida, de valorizar a vacina, e acaba que vem uma portaria dessa e incentiva o contrário”. Segundo ele, a Prefeitura só irá reverter sua posição a partir de uma decisão judicial. “Decisão judicial se cumpre”, pontuou.
Na terça-feira (2), o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, editou uma portaria para proibir os empregadores de exigirem o certificado de vacinação de seus funcionários ou de impor o documento como obrigatório nos processos de seleção para contratação de pessoal.
Pela portaria, as empresas também não poderão demitir por justa causa aquelas pessoas que se recusarem a apresentar o cartão da vacina. Se o fizerem, terão de reintegrar ou ressarcir os demitidos. Na quinta-feira (4), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a portaria e classificou como “drástico” o movimento que exige a obrigatoriedade do esquema vacinal completo para manutenção dos empregos.
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