Soja e milho: colheita avança e dados consolidam quebra
As chuvas dos últimos dias acelerou as atividades no campo. A medida em que os produtores colheram a soja já iniciaram a implantação do milho segunda safra. A previsão é de que todas as lavouras de soja e milho estejam colhidas até o dia 10 de março.
O técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Paulo Oliva comenta que os trabalhos foram intensificados após o dia 5 de fevereiro, aproveitando o clima úmido.
Na Regional de Toledo, faltam 20% das lavouras de soja para concluir a colheita. Com uma área de 488.795 hectares, a estimativa inicial era colher 1.857.000 milhão toneladas. Mas a forte estiagem registrada no ano passado provocou quebra de 78% da produção.
Segundo dados do Deral, atualizados nesta semana, a produção de soja será de aproximadamente 380 mil toneladas. “O que falta colher não irá interferir na estimativa. Os números da quebra já são, praticamente, consolidados. Em março fecharemos todos os dados, mas não haverá muita mudança do cenário atual”, explica.
Em relação ao milho safra de verão, faltam cerca de 13% para colher. A área de 4.628 hectares tinha uma estimativa inicial de produzir 37.610 toneladas do cereal, agora os dados apontam para 6.312 toneladas, uma quebra de 72%.
A implantação do milho segunda safra atingiu cerca de 60% das lavouras da Regional de Toledo. “O plantio deve intensificar se houver uma condição favorável de chuva na região nos próximos dias. Até a segunda semana de março é esperada a conclusão do plantio do milho safrinha. “As áreas que ficarem para trás serão destinada ao trigo que será implantado em meados de maio”, explica Oliva.
ESTADO – O levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, referente ao mês de fevereiro e divulgado na última quinta-feira (24) confirma que as adversidades climáticas afetaram de forma significativa a produção da primeira safra de soja no estado.
Segundo os últimos dados, a produção paranaense de soja será de aproximadamente 11,6 milhões de toneladas. Se confirmada ao final dos trabalhos de colheita, a redução será de pouco mais de 9,4 milhões de toneladas, ou 44,8% em comparação com o volume estimado inicialmente.
Até o momento as maiores perdas em relação ao volume se concentraram nas regiões Oeste com redução de 2,9 milhões de toneladas, Norte com quase 1,8 milhão de toneladas e Centro Oeste com quase 1,5 milhão de toneladas.
O mesmo relatório aponta que a produção esperada para a primeira safra de milho 21/22 deve ficar em 2,76 milhões de toneladas, uma perda estimada de 1,5 milhão de toneladas ou 35% a menos da expectativa inicial que era de 4,26 milhões de toneladas.
Da Redação