SMMA faz estudo para entender hábitos da população no descarte do lixo urbano
Para entender os hábitos da população quando o assunto é o descarte de lixo (resíduo), técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) finalizaram na última semana a coleta de amostras de 17 regiões do município para um estudo gravimétrico. Ele consiste em separar uma fração do lixo recolhido pelo caminhão da coleta, dividir em quatro partes e usar duas delas para análise. Toda amostra é pesada e separada de acordo com o tipo de resíduos (papel, papelão, plástico, vidro, metal, madeira, matéria orgânica, borracha e outros).
Em média, o Aterro Municipal recebe 90 toneladas de resíduos domiciliares por dia pelo sistema de coleta. Eles são caracterizados como resíduos sólidos urbanos (RSU). A composição dos RSUs é muito variada. Pode incluir desde pequenos materiais orgânicos até grandes materiais inorgânicos.
Além disso, o Programa de Coleta Seletiva abrange 100% dos bairros e ainda 13 comunidades do entorno. A média mensal de recolhimento de resíduos por meio dos contêineres amarelos é de 118 toneladas/mês. Na modalidade porta a porta, 102 toneladas. Mas segundo o Secretário de Meio Ambiente, Júnior Henrique Pinto, deste montante, a Associação dos Catadores de Recicláveis de Toledo (Acatol) consegue comercializar aproximadamente 120 toneladas, o restante são rejeitos.
“Realizamos diversas ações, principalmente em parceria com a Secretaria de Educação (SMED), para orientar sobre a coleta seletiva e os tipos de materiais que podem ser reciclados. Mesmo assim, muito resíduo que chega ao Aterro Sanitário pelo sistema de coleta de orgânicos poderia ter outra destinação, como por exemplo, a reciclagem. Nossa estimativa é que hoje apenas 15% do que é produzido tem essa destinação. Esse estudo vai ajudar a entender que tipo de resíduo está chegando no caminhão e quantificar cada tipo por região da cidade”, explicou.
Ao dimensionar a quantidade produzida em cada área será possível gerar dados que definirão metas e modelos de gestão. Este trabalho teve início em maio deste ano e tem como previsão apresentar os resultados definitivos do estudo até o final do mês de outubro de 2022.
Mesmo sem análise técnica dos dados, que a partir de agora serão tabulados e analisados mais didaticamente, a coordenadora da Unidade de Valoração de Resíduos (UVR) e responsável pelo estudo, engenheira ambiental Maria Luíza Veroneze, observou que existem discrepâncias de comportamentos de uma região para a outra do município. “Percebemos que o descarte de plástico é um dos maiores problemas na maioria das regiões. Já o vidro, as ações de Educação Ambiental conseguiram sensibilizar a população para a destinação adequada. Quanto aos outros tipos de resíduos, cada região tem sua particularidade. Onde o potencial econômico é menos favorecido as pessoas não desperdiçam tanto alimentos em relação aos bairros de classe alta, ou seja, pobre não joga comida fora”, exemplificou Maria.
A engenheira ambiental realizou a coleta das amostras com o apoio do coordenador da UVR, Edemar Rockenbach, e de outros servidores da SMMA. Somente após a análise e tabulação das amostras e que poderá estimar com maior precisão o quanto de resíduos pode ser reciclado ou mesmo ser destinado para outros fins (como rejeitos, volumosos e outros tipos de resíduos). “Promovendo uma Educação Ambiental local, orientando a correta destinação de cada material. O resultado poderá constituir em um instrumento norteador para o Poder Público no desenvolvimento das ações que serão realizadas na gestão e manejo dos resíduos sólidos gerados no município”, apontou a coordenadora.
Da Prefeitura de Toledo