Shows nacionais encerraram com chave de ouro a 13ª Semana Farroupilha de Toledo
Nem mesmo a forte chuva que caiu no fim da tarde no Parque Ecológico Diva Paim Barth atrapalhou os shows de Os Monarcas e Os Serranos, no domingo (25), realizados no Acampamento Farroupilha. As apresentações marcaram o encerramento da programação da 13ª Semana Farroupilha de Toledo, a maior do Paraná e uma das maiores do Brasil. Além dos dois momentos, também foi entregue o prêmio do Masterchef Bagual para a melhor costela.
Com uma programação cultural, recheada de ícones tradicionalistas como Joca Martins e Quarteto Coração de Potro, além dos grupos do domingo e do 1º Festival Farroupilha de Toledo – Interpretação e Composição/Regional (Fesfat), o evento reuniu, todos os dias, centenas de pessoas. Muitos gaúchos e admiradores da cultura campeira puderam compartilhar histórias e memórias acompanhados de chimarrão, churrasco e gaita. “Ser gaúcho não é uma condição por força do território onde nasceu. É um estado de espírito”, disse o prefeito Beto Lunitti em diversas ocasiões.
Grande incentivador da cultura gaúcha, o prefeito toledano, na última noite da Semana Farroupilha, agradeceu a todos e reafirmou o compromisso da administração municipal com o fomento aos movimentos culturais. “Aqui temos a cultura gaúcha, mas temos também eventos como a Festa Literária de Toledo (Flit), que já nasceu uma das maiores do Brasil, os festivais e, entre tantas outras programações, este ano receberemos também o Bon Odori, festa tradicional da cultura japonesa”, destacou.
O sucesso do evento toledano que marca a Revolução Farroupilha se deu também pelo grande engajamento dos integrantes do movimento nativista, entre eles os centros de tradições gaúchas instalados em Toledo – Chama Crioula, Estância da Liberdade e Província Gaúcha – e demais entidades, como a Comitiva Marca de Casco e grupos de idosos tradicionalistas. O patrão do CTG Província Gaúcha, Marcelo Moresco, afirmou que o grande objetivo destes grupos e da Prefeitura de Toledo é manter vivo o sentimento de luta e de conquista que o gaúcho carrega. “Vai além de festejar. É claro que tem a comida, a bebida, a dança e tudo isso faz parte, mas é algo maior”, disse.
Moresco ainda acrescentou que durante todo o período fez diversas conversas com a secretária Rosselane Giordani no intuito de melhorar ainda mais o evento para as próximas edições. “Hoje nos reunirmos para celebrar, organizar o Galpão, preparar as comidas típicas e mostrar a cultura para todos seja a nossa luta. Organizar nossas apresentações e participar das atividades é o embate proposto neste momento. É o sacrifício, é o desafiar-se”. Sobre os shows e o Fesfat, Marcelo disse terem sido surpreendentes e nenhuma Semana Farroupilha no Paraná atingiu esse nível.
Este engajamento dos gaúchos toledanos foi importante para o brilho dos festejos farroupilha após o enfraquecimento da pandemia. “Um dos momentos mais emocionantes foi ver um senhor pilchado, de aproximadamente 80 anos, chorando durante um dos shows. Às vezes, olhamos para a Cultura e pensamos que é somente a festa. E não é só isso. Tem um significado especial na vida das pessoas, tem o simbolismo que remete afetos, memórias e costumes. Cultura não é o evento, é o que a gente é. A Semana Farroupilha despertou estas vivências. É uma marca que fica no coração. Ninguém poderá apagar o que vivemos nestes dias”, concluiu.
Masterchef Bagual – Na noite do domingo (25), entre as apresentações dos grupos Os Monarcas e Os Serranos, foi realizada a entrega do prêmio para os churrasqueiros ligados ao CTG Estância da Liberdade que levaram o título e a faca personalizada para o primeiro lugar. Ao todo, oito grupos concorreram para decidir quem preparava a melhor costela. O concurso aconteceu no Acampamento Farroupilha, durante o almoço comunitário.
Da Prefeitura de Toledo