Seleção de futebol joga por vaga na final e ‘troco’ no México

Em jogo, uma vaga na disputa da medalha de ouro. E a chance de revanche. A seleção brasileira masculina de futebol enfrenta o México às 5 horas desta terça-feira (horário de Brasília), em Kashima, com a missão de repetir o desempenho da Olimpíada passada e garantir presença na disputa pelo lugar mais alto do pódio nos Jogos de Tóquio.

O confronto ganha atmosfera de ajuste de contas pelo fato de a seleção mexicana já ter aprontado para cima do Brasil em Olimpíada. Nos Jogos de Londres, em 2012, as duas equipes chegaram à final. Apesar do favoritismo pender para o lado brasileiro, quem levou a melhor foram os mexicanos. Fizeram 2 a 1 no time comandado na época por Mano Menezes e arrebataram a medalha dourada.

Se naquela edição o Brasil já contava com um Neymar em ascensão e nomes de peso como o lateral-esquerdo Marcelo, do Real Madrid, o time atual de André Jardine tem em Richarlison, artilheiro do torneio com cinco gols, sua referência.

De acordo com o treinador, a capacidade da equipe de entender a forma como o adversário se comporta e saber reagir vem sendo um aprendizado importante. “Contra a Costa do Marfim, tivemos de superar o fato de estar com um jogador a menos. Diante da Arábia Saudita, variamos com uma linha de cinco. Já o Egito exigiu resiliência dos atletas para furar a defesa”, afirmou Jardine. “Esses pequenos ajustes vão somando, vão dando experiência, que vai nos dando a possibilidade de identificar o jeito que o adversário ataca e joga.”

A defesa deve estar atenta ao poder ofensivo do rival. Na fase de grupos, o México marcou oito gols. Nas oitavas, fez 6 a 3 na Coreia do Sul. Além do resultado do último confronto, os mexicanos aplicaram outras duas goleada (4 a 1 na França e 3 a 0 na África do Sul).

O zagueiro Nino destaca a evolução do time na defesa. “A solidez defensiva não se resume aos quatro jogadores de trás, mas ao trabalho de um time inteiro. Temos jogadores talentosos, mas que também se doam o tempo inteiro na partida.”

Jardine deve manter a escalação que começou o jogo contra o Egito. Antony, que vinha sendo criticado, teve uma atuação mais incisiva. Ele deve compor o setor de ataque ao lado de Matheus Cunha e Richarlison.

No meio-campo, Claudinho tem a concorrência de Reinier, mas, a exemplo das outras partidas, o ex-flamenguista deve continuar como opção no banco.

Principal jogador do time até aqui, Richarlison continua sendo a grande esperança de gols e de assistências. “Estamos focados e cientes do nosso objetivo. É entrar focado desde o início para conseguir o objetivo e não dar chances para o adversário.” O capitão Daniel Alves complementa: “Faltam dois jogos e está cada vez mais perto. Mas sabemos que para passar de fase você precisa respeitar os adversários e melhorar algumas coisas para não precisar de um esforço muito maior no final.”

...
Você pode gostar também

Comentários estão fechados.