Mostra “Segredo da Cor” leva foco antirracista e brasilidades ao Alfredo Andersen
O Museu Casa Alfredo Andersen apresenta até 4 de outubro a exposição “Segredo da Cor”, uma coleção de obras da artista Cecifrance Aquino, que explora a brasilidade e a temática antirracista. Na exposição já em cartaz, Cecifrance, natural do Rio de Janeiro, deixa a abstração de seus antigos trabalhos para pintar o figurativo de suas vivências e imaginários coletivos brasileiros.
Com curadoria do artista plástico Lavalle, entre as peças estão oito estandartes que desconstroem a herança colonial e oferecem um novo olhar sobre a sociedade brasileira. Cecifrance ressignifica esses emblemas, tornando-os instrumentos de luta antirracista.
Outro destaque da exposição é a releitura da obra “Duas Raças”, de Alfredo Andersen, convidando o público a refletir sobre os significados das cores da pele. Explorando outras facetas, a exposição também abraça símbolos da brasilidade, como o cachorro caramelo, a espada de São Jorge e o chão de caquinhos, que remetem ao cotidiano do Brasil.
Lavalle, professor e também artista, expressa a importância de Cecifrance em dialogar com o passado e o presente, expondo questões racistas e xenofóbicas que ainda permeiam a sociedade.
“Ao longo de sua vida, a artista enfrentou um processo de embranquecimento de suas origens afro, uma experiência que trouxe força para sua produção artística da mostra”, explica o curador sobre as referências clássicas da artista vestidas com críticas às complexas relações econômicas, sociais e religiosas do Brasil.
Serviço
“Segredo da Cor”, de Cecifrance Aquino
Em cartaz até 4 de outubro
Museu Casa Alfredo Andersen
Rua Mateus Leme, 336, Centro – Curitiba/PR.
AEN