Santuário recebe monumento de 4 metros em homenagem à Santa Rita de Cássia

A programação de mais uma tradicional festa em honra à Santa Rita de Cássia (22 de maio), em Curitiba, já está definida. O evento é organizado pelo santuário de mesmo nome, localizado à rua Padre Dehon, 728, no bairro Hauer. Em virtude da pandemia, a organização fez adaptações no roteiro e seguirá todos os protocolos de segurança e distanciamento.

Para evitar aglomerações, o almoço festivo que reunia multidões foi substituído. Neste ano, os devotos e visitantes podem adquirir antecipadamente o bilhete para o churrasco de filé ao preço de R$ 55,00. As encomendas devem ser feitas até o dia 21 de maio, na secretaria do santuário. No dia 23, o público deve ir ao local buscar a encomenda – a partir das 11h30 – e retornar aos lares, pois não será permitido consumo no local.  

Programação

Entre os dias 13 a 21 de maio haverá novenas presenciais – com limitação de público – e transmissão pelo Facebook.com/staritactba, sempre às 19h.

Nos dias 20, 21 e 22 de maio acontece a venda de bolo com imagens em miniatura da santa. Já a missa solene campal e a chuva de pétalas de rosas – que atraiam milhares de visitantes e romeiros de várias cidades e estados do Brasil – foram suspensas para evitar aglomerações.

Mesmo com as restrições impostas pela pandemia, os devotos terão uma atração especial. No dia 21, após a missa das 19h, o pároco-reitor Carlos Alberto Rodrigues, scj, e o vigário Maicon Frasson, scj, inauguram um monumento de 4 metros de altura com a imagem da padroeira.

Feita em fibra de vidro e resistente às intempéries climáticas, o trabalho foi realizado pelo artista plástico Luiz Carlos Brazzale e a equipe da Pietá – uma das maiores fabricantes de artefatos e arte sacra do país – que fica em Londrina-PR e atua há 30 anos no mercado.

“A escultura da santa das causas impossíveis – como Rita de Cássia é conhecida – ficará posicionada bem à frente do santuário. Assim, todas as pessoas que circulam pelas ruas e praça Alfredo Hauer – em frente à igreja – poderão fazer suas orações, pedidos e agradecimentos”, explica o padre Beto, como o reitor é mais conhecido.

No dia 22 estão previstas missas e novenas às 7h, 9h, 14h, 16h, 18h e 20h. Às 12h, acontece apenas a novena.

Religiosidade e popularidade

A festa em honra à Santa Rita de Cássia – celebrada em 22 de maio – é um dos eventos mais tradicionais do bairro Hauer, uma vez que a devoção à santa está presente desde a chegada dos pioneiros colonizadores da região, em 1863.

O santuário recebe devotos de todo o Brasil ao longo do ano. “Muitos fiéis chegam para agradecer a intercessão de Santa Rita de Cássia junto a Deus. E é por isso que a igreja também está sempre florida, especialmente às quintas-feiras, quando temos os dias devocionais e as novenas. As flores representam gratidão”, explica o vigário.

O Santuário de Santa Rita de Cássia também é conhecido por manter, todas as quintas-feiras, uma novena perpétua em honra à padroeira às 9h, 16h e 19h. As celebrações das 9h e 19h são acompanhadas de missas.

De acordo com o Vaticano, atualmente Santa Rita de Cássia é considerada como a terceira santa mais popular do mundo.

História e vida de fé

Santa Rita nasceu na Itália, em 1381. Chamada Margherita, ganhou o carinhoso apelido de Rita com o qual seria conhecida no mundo todo, associado ao título de Santa das Causas Impossíveis.

Sua história de fé começa com um casamento contrariado. Conta a narrativa que para satisfazer ao gosto dos pais, a jovem casou com um homem temperamental com o qual teve dois filhos. Durante os 18 anos do matrimônio, ela procurou pregar a paz e a harmonia no lar e, à custa de muita oração, abrandou o temperamento forte do esposo chamado de Paulo Ferdinando.

Um dia, entretanto, seu marido foi brutalmente assassinado e jogado à beira de uma estrada. Na intenção de vingar a morte do pai, os dois filhos de Rita juraram fazer o mesmo com seus malfeitores. Para evitar que seus filhos fizessem o mal a terceiros, Rita pediu que Deus os protegesse e, se fosse o caso, levasse suas almas. E foi o que aconteceu. Os dois morreram, vítimas de uma doença sem cura, após perdoarem os criminosos que tanto odiavam.

Abalada com a morte do esposo e dos filhos, Rita desejou recolher-se ao Convento das Agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Com espírito fervoroso, rogou aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Ingressa no convento, viveu ali 14 anos até sua morte, trazendo na testa um estigma e associando-se assim a um dos momentos mais fortes da crença católica: a Paixão de Cristo.

Rita morreu no mosteiro de Cássia, em 22 de maio de 1457 e não foi sepultada; seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transferido para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicada a ela. O seu corpo permanece intacto.

Foi canonizada em 1900 e, desde então, é modelo e amparo para milhares de pessoas, sendo considerada nos dias atuais como uma das santas mais populares do mundo.

Segundo o Papa João Paulo II, “Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso. Porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana”.

Da Assessoria

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