Roubos e furtos têm queda expressiva no primeiro trimestre de 2021 no Paraná
O número de roubos teve uma redução de 38,5% no Paraná no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado – passou de 11.193 para 6.844 registros, ou seja, 4.349 casos a menos. A diminuição foi verificada em todo Estado. O número de furtos caiu 13,7%. Neste ano foram 35.334 registros, contra 40.968 nos três primeiros meses de 2020, o que representa menos 5.634 crimes nesta modalidade.
As informações são do Relatório Estatístico Criminal do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (CAPE), da Secretaria de Estado da Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira (20).
O secretário estadual da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, afirma que a redução da criminalidade no Paraná é resultado de muito trabalho e planejamento estratégico entre a pasta e suas instituições vinculadas, que além de aumentar o policiamento nas ruas e as investigações destes crimes, também realizam constantes ações para combater a criminalidade.
“Semanalmente nos reunimos com representantes das forças policiais para analisar e discutir as melhores ações em todas as áreas da segurança pública, focados nos nossos acertos e em que podemos melhorar”, explica. “Também aumentamos nosso efetivo nas ruas e as operações policiais de combate à criminalidade, conciliando com os trabalhos de investigação para identificar e punir os criminosos. Queremos dar pronta resposta à população para que os cidadãos se sintam cada vez mais seguros de viver no Paraná”.
ROUBOS – Houve redução de roubos em todas as 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP), que abrangem os 399 municípios do Paraná. A 20ª AISP (Londrina), que também contempla outros quatro municípios da região Norte, teve a maior redução: 53,1%, de 962 para 451. Na sequência, a 23ª AISP (Jacarezinho), que também abrange outros 21 municípios, com 45,2% (de 148 foi para 81).
Em Curitiba, pertencente à 1ª AISP, houve diminuição de 43,6% nos casos de roubo no primeiro trimestre de 2021 – de 4.524 para 2.551. Já a 2ª AISP (São José dos Pinhais e RMC) reduziu de 1.947 para 1.190 ocorrências neste crime, ou seja, 38,8%.
Em todo o Estado, o mês de janeiro foi o que registrou maior incidência de roubo em 2021, com 2.463 registros. Isso aconteceu também na 1ª AISP, com 932 ocorrências, e na 2ª AISP, com 421 casos.
A Polícia Militar aumentou o efetivo nas ruas e intensificou operações para combater os crimes, pois mesmo em meio à pandemia, que tende a reduzir a circulação de pessoas, o crime continua acontecendo, conforme afirmou o subcomandante-geral da corporação, coronel Rui Noé Barroso Torres.
“Tivemos nesses três meses várias operações de reforço na segurança pública e o reflexo dessas ações repressivas culmina na diminuição dos índices de furto e roubo. Graças a operações e à presença maciça de policiais militares, conseguimos reduzir esses índices”, afirmou.
FURTOS – No caso dos furtos, a 18ª AISP (Apucarana), que também abrange outros 25 municípios do Vale do Ivaí, foi a que teve maior redução, de 26,4%. Foram 1.199 casos no primeiro trimestre do ano passado e 882 neste ano. Na sequência, segue a 19ª AISP (Rolândia), que contempla outros 15 municípios da região Norte, com redução de 25,8% (de 1.004 para 745).
Já na 3ª AISP (Paranaguá), que abrange o Litoral, a redução foi 23,9%, passando de 1.867 para 1.420 ocorrências. Apenas a 8ª AISP (Laranjeiras do Sul), que inclui outras nove cidades da região Centro-sul, teve aumento nos casos de furtos, de 78%.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, o trabalho da corporação tem sido pautado em planejamento a médio e longo prazo. “As ações da Polícia Civil estão voltadas às atividades de investigação e o que a polícia tem feito é exatamente isso, identificar grupo ou quadrilhas que são responsáveis por uma quantidade significativa de furtos e roubos e direcionar os nossos esforços para esse tipo de investigação”, afirmou.
AMBIENTES PÚBLICOS – De acordo com os dados, a maior redução no período foi de roubos em ambiente público. No primeiro trimestre de 2020 foram 7.619 ocorrências e no mesmo período de 2021 houve 4.462 registros (menos 41,4%). Nessa categoria, a 20ª AISP (Londrina) foi a que apresentou maior queda de roubo em ambiente público, com 336 ocorrências de janeiro a março de 2021 e 758 no mesmo período de 2020, o que representa uma diminuição de 55,6%. Já em relação a furtos em ambiente público, houve queda de 37,7%, de 7.816 para 4.862 neste trimestre de 2021.
COMÉRCIOS – O Paraná também teve redução nos registros de furtos e roubos ao comércio, de 33,9% e 32,3%, respectivamente. Foram 5.099 furtos de janeiro a março de 2020 e 3.370 no mesmo período em 2021. Em roubo a diferença foi de 1.662 (2020) ocorrências para 1.124 (2021).
VEÍCULOS – No primeiro trimestre de 2021 também houve redução no número de furtos e roubos de veículos no Paraná. Foram 1.170 ocorrências a menos, de 3.924 para 2.754 (29,8%). No caso de roubos, nesta categoria, a redução foi de 25,8%: 1.426 para 1.058.
RESIDÊNCIAS – De janeiro a março deste ano foram registradas 7.405 ocorrências de furtos em residências, contra 9.950 no ano passado. A redução foi de 25,5%. O número de roubos caiu de 958 para 761 (20,5%).
“Devido à pandemia, muitos segmentos estão trabalhando home office e isso faz com que mais pessoas estejam em casa, o que também tem sua parcela de inibição para prática de furtos e roubos à residência. No entanto, também atribuímos esse resultado à presença ostensiva dos policiais militares e às constantes operações realizadas”, ressaltou o subcomandante da PM, coronel Barroso.
CAPITAL – A 1ª AISP Curitiba, além de apresentar redução nas ocorrências de roubo, também teve expressiva queda nos casos de furto em ambiente público (52%); furtos em comércios (45,6%); furtos em residências (32,6%); e furtos a veículos (45,8%).
“Nosso planejamento é feito com ações concretas e direcionadas, atacando sempre as causas ou fatores que estão correlacionados. São investigações de natureza complexa, às vezes um pouco mais demoradas, mas que levam à desarticulação de grupos ou redes de apoio a crime, o que acaba refletindo na redução das ocorrências, não só em Curitiba, mas em diversos pontos do Estado”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach.
Da AEN
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