Reunião técnica aborda enfezamentos da cultura do milho na região

Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), do Instituto de Desenvolvimento Regional do Paraná (IDR-PR), da Embrapa Milho e Sorgo, Sindicatos Rurais e demais entidades de Toledo e região participaram de uma reunião técnica sobre os enfezamentos da cultura do milho.

O encontro aconteceu em Marechal Cândido Rondon na semana passada e, na oportunidade, foi lançada a Campanha de Eliminação de Plantas Voluntárias de Milho. Além disso, equipes do Mapa, da Adapar e demais entidades verificaram a campo a forma mais assertiva para coibir os efeitos do enfezamento do milho e estabelecer estratégias para o manejo e controle da cigarrinha responsável por transmitir essa grave doença.

O fiscal agropecuário da Adapar, Anderson Lemiska, explica que desde 2019 a região extremo Oeste do Paraná sofre com o problema de enfezamento na cultura do milho. “Devida condição climática dos anos anteriores, os técnicos não conseguiram avaliar com bastante eficácia a sanidade do milho”.

Neste ano, diante da maior distribuição das chuvas, o milho teve condição de se desenvolver de forma mais adequada. “A partir deste mês, a cultura de milho começa a fase de enchimento do grão, ou seja, é quando começam aparecer os sintomas típicos e a cautela neste período é importante”, menciona o profissional.

MEDIDAS – O técnico do IDR-PR, Anderson Heling, salienta que alguns anos o produtor de milho paranaense enfrenta sérios problemas com as doenças transmitidas pela cigarrinha para a cultura do milho, como o enfezamento. Segundo ele, as doenças podem comprometer a produtividade das lavouras do milho. “A melhor maneira do produtor proteger a sua lavoura dessas doenças é realizar o controle da cigarrinha”.

De acordo com Heling, algumas medidas precisam ser adotadas. Entre elas, o profissional destaca a regulagem adequada das colheitadeiras. “Assim é possível evitar grandes perdas de milho durante a colheita e, por consequência, reduzir o volume de milho voluntário no período de entressafra”.

Ele salienta que a eliminação de plantas de milho voluntárias no período de entressafra evita a ponte verde entre um cultivo de milho e outro. “O milho é a única planta hospedeira da cigarrinha do milho”.

Por fim, para o manejo do enfezamento, o técnico recomenda a eliminação de plantas voluntárias de milho, híbridos tolerantes, tratamento de sementes, monitoramento da cigarrinha, controle químico e biológico e redução de perdas na colheita.

Da Redação

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