Reino Unido estende visto para caminhoneiros para conter crise de combustíveis

O Reino Unido estendeu o programa emergencial de visto para caminhoneiros, após a escassez de combustíveis dar poucos sinais de melhora neste sábado, especialmente em Londres e no sudeste da Inglaterra. Em um anúncio no fim desta sexta-feira, 1º, o governo conservador disse que os vistos temporários para os cerca de 5 mil caminhoneiros estrangeiros esperados no país valerão até o fim de fevereiro, e não mais até a véspera do Natal.

A curta duração do programa anunciado na semana passada havia causado críticas generalizadas por não ser atrativa o suficiente para caminhoneiros estrangeiros. O governo afirmou que 300 transportadores de combustíveis do exterior poderão entrar no Reino Unido “imediatamente” e permanecer até março. Cerca de 4,7 mil outros vistos destinados a caminhoneiros estrangeiros durarão do fim de outubro até fevereiro.

Em outra medida com objetivo de reduzir a pressão nas bombas de combustível, aproximadamente 200 militares, incluindo 100 caminhoneiros, serão destacados na segunda-feira, 4, para ajudar a aliviar a escassez de abastecimento de combustíveis que esvaziou as bombas e causou longas filas em postos de gasolina.

O governo disse que a situação já está melhorando. “Os níveis de estoque do Reino Unido estão subindo, as entregas de combustíveis aos postos estão acima do nível normal e a demanda está se estabilizando”, afirmou o ministro de Empresas, Kwasi Kwarteng. “É importante ressaltar que não há escassez nacional de combustíveis no Reino Unido, e as pessoas devem continuar a comprar combustível normalmente.”

No entanto, a Associação de Varejistas de Petróleo, que representa postos de gasolina independentes, alertou que o abastecimento de combustíveis segue como um problema e pode piorar em alguns lugares. “Em Londres e no sudeste, e possivelmente em partes do leste da Inglaterra, a situação talvez tenha piorado”, disse o presidente do grupo, Brian Madderson, à rádio BBC.

Madderson agradeceu pela chegada de caminhoneiros militares na próxima semana, mas alertou que isso pode ter um impacto limitado. “Não vai ser a grande solução. É uma boa ajuda, mas, em termos de volume, eles não vão ser capazes de carregar o bastante”, afirmou.

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