Reino Unido divulga amanhã medidas para combater covid no inverno

A secretária de Trabalho e Previdência do Reino Unido, Therese Coffey, confirmou que o primeiro-ministro Boris Johnson deve apresentar os planos de inverno do Reino Unido para o coronavírus na terça-feira (14). À Sky News, ela disse que medidas como passaportes de vacina ainda fazem parte dos estudos, apesar da decisão do governo de arquivar planos de introduzir os passes no próximo mês.

“É importante que olhemos exatamente quais benefícios isso trará”, avaliou Coffey. Segundo a secretária, Johnson vai definir amanhã os detalhes das medidas para a estação.

Hoje, diretores médicos do Reino Unido aprovaram a aplicação dos imunizantes contra a doença em adolescentes entre 12 e 15 anos, deixando de lado a visão do órgão fiscalizador de vacinas do governo de que os benefícios clínicos de tais vacinas eram pequenos demais para justificá-los.

Na decisão, noticiada pelo The Guardian, os diretores médicos das quatro nações do Reino Unido disseram que a aplicação das primeiras doses poderiam ocorrer imediatamente, com a possibilidade de uma segunda dose no semestre letivo da primavera ou mais tarde. No início deste mês, contudo, o Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) disse que, embora os ganhos de saúde com a vacinação de toda a faixa etária fossem maiores do que os riscos, “a margem de benefício é considerada muito pequena” para apoiá-la.

Mesmo com a medida, o JCVI manteve em aberto a possibilidade de a decisão ser anulada, sugerindo que os diretores médicos reavaliassem a resolução.

Nos Estados Unidos, o aumento nas mortes de covid-19 causadas pela variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, está afetando fortemente as pessoas em idade produtiva, ao mesmo tempo em que destaca os riscos para as pessoas que não foram vacinadas.

O pico de covid-19 impulsionado pela Delta é o primeiro grande aumento de casos a se espalhar por uma população parcialmente vacinada. As altas taxas de vacinação entre os idosos estão restringindo o aumento geral de mortes, dizem pesquisadores ouvidos pela Dow Jones. A mudança está transferindo uma parcela maior das mortes para as populações mais jovens com taxas de vacinação mais baixas, enfatizando a necessidade de imunizar mais pessoas para conter a pandemia.

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