Regulamentações abrem mercados para carnes brasileiras

As bases que sustentam a economia mundial não param de se mover, trincando estruturas que, até então, acreditava-se serem resistentes. Porém, ao mesmo tempo em que alguns mercados vêm abaixo, outros se abrem para países, como o Brasil.

É em cima desta economia fraturada, nestes últimos três anos, pela imposição das restrições sanitárias da pandemia do coronavírus, e que ainda tenta descobrir quais serão os reflexos da guerra da Ucrânia, que a indústria brasileira de carnes tem a chance de fincar estacas e garantir o seu lugar em novos mercados que surgem.

Novas normativas do Ministério da Agricultura estão modernizando a regulamentação do setor brasileiro, aumentando a musculatura para que se torne ainda mais competitivo internacionalmente.

O Inovameat Toledo 2022, que acontece, de 31 de março a 2 de abril, no Centro de Eventos Ismael Sperafico, em Toledo, abre espaço para a discussão sobre essas atualizações regulatórias no painel técnico: “Indústria e Mercado de Carnes”, dia 2 de abril, a partir das 9h50.

O painel vai ser moderado por Elias Zydec (Frimesa) e será aberto com a palestra “Modernização do Sistema de Inspeção em Frigoríficos”, apresentada pelo pesquisador Arlei Coldebella (Embrapa Suínos e Aves).

O pesquisador irá relatar como foram estabelecidos os projetos e se deu a modernização do sistema de inspeção, desde que fosse submetida as análises de riscos.

Essas análises focam nos problemas da atualidade, como as contaminações bacterianas, já que o sistema de produção controlou – da granja à mesa – riscos antigos, a exemplo das parasitoses, tuberculoses, entre outros problemas em suínos e aves.

A pesquisadora Jalusa Kich (Embrapa Suínos e Aves) participa do painel com o tema Salmonella: marcos regulatórios e controle na cadeia de produção de suínos.

“A minha apresentação segue na mesma linha da inspeção com base em risco, porque a análise de risco mostrou que, primeiro a carne suína é muito segura, mas entre os problemas que podem existir o principal é a salmonela. O Ministério da Agricultura criou uma normativa em 2018, que foca na salmonela para suínos e aves. Prevê, entre outras coisas, a avaliação contínua de todos os abatedouros e, esporadicamente, é feita por amostragem”, explica Jalusa.

A terceira exposição é a “Relação umidade-proteína nas carnes de frango”, com o pesquisador Gerson Scheuermann (Embrapa Suínos e Aves).

“O objetivo desse trabalho do Gerson também foi atualização dos dados, porque a relação dos limites umidade-proteína, que estavam nas nossas normativas, é baseada em dados que foram produzidos há mais tempo e nós tivemos uma evolução genética, nutricional muito grande nos últimos anos. Esses dados precisaram ser alterados. É um trabalho de muito impacto financeiro”, destaca Jalusa. Ao final das apresentações dos palestrantes, será aberto um espaço para os participantes do painel fazerem perguntas.

TOLEDO

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