Quando escutar música pode valer ouro
O produtor rural Sebastian Rojas Nuñez, 45, é uma dessas pessoas, apaixonado por música desde a adolescência. “Em qualquer evento na escola, eu ficava ao lado do som, sempre me chamavam muita atenção os botões, as luzes, e, aos 15 anos, fui autorizado a mexer nos aparelhos”, lembra. Tomou gosto pela coisa e, depois de adulto, passou a investir em equipamentos. “Nos anos 2000, consegui juntar dinheiro e comprar meu primeiro aparelho de som”, conta. Daí em diante, Sebastian começou a fazer o que grande parte dos audiófilos faz: comprar um aparelho, usar e vender ou trocar por outro melhor (ou que, ao menos, pareça melhor). “Passei 35 anos da minha vida gastando dinheiro com aparelho de som”, relata. Com isso, dá para imaginar quanto dinheiro ele investiu.
Segundo ele, o céu é o limite. “Nunca vai existir um que seja o melhor. Há quem gasta mais de R$ 100 mil”, diz. Sebastian faz parte de um grupo de audiófilos no Facebook, em que os membros trocam informações sobre dispositivos, pedem sugestões e vendem ou trocam seus aparelhos.
Ele conta que está tentando se “curar” do que chama de vício, parou de comprar e agora prefere explorar mais as músicas do que os aparelhos em si. “Tenho um sistema honesto que não ultrapassa os R$ 50 mil reais e não estou mais procurando um aparelho de som.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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