Projeção para IPCA 2021 no cenário básico está em 10,2%, diz ata do Copom
Essas estimativas já constaram no comunicado da semana passada, quando o Copom aumentou a Selic (a taxa básica de juros) em 1,50 ponto porcentual, para 9,25% ao ano.
No comunicado, o BC também indicou a intenção de novo aumento de mesma magnitude (1,5 p.p.) da taxa Selic no encontro de fevereiro, mas afirmou que os “passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas”.
Para o cálculo das projeções, o BC utilizou taxa de câmbio partindo de R$ 5,65, que é a média da taxa de câmbio observada nos cinco dias úteis encerrados no dia 3 de dezembro.
Na ata da reunião anterior, de 26 e 27 de outubro, as projeções de inflação no cenário básico eram de 9,5% para 2021, 4,1% para 2022 e 3,1% para 2023.
A ata reconhece que a inflação segue elevada, disseminada e mais persistente. “A inflação ao consumidor segue elevada, com alta disseminada entre vários componentes, e tem se mostrado mais persistente que o antecipado. A alta nos preços dos bens industriais ainda não arrefeceu e deve persistir no curto prazo, enquanto a inflação de serviços acelerou, refletindo a gradual normalização da atividade no setor, dinâmica que já era esperada”, destacou o documento.
O Copom reconheceu que as “leituras recentes” de inflação vieram acima do esperado, sendo que essa surpresa inflacionária ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos mais associados à inflação subjacente. A avaliação não considera o IPCA de novembro, que veio abaixo do esperado, mas cujo resultado foi divulgado apenas após a reunião do colegiado.
“Prospectivamente, a queda significativa dos preços internacionais de commodities energéticas, que têm exibido volatilidade substancial, limitou a revisão para cima das projeções de curto prazo”, adicionou a ata.
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