Projeção de PIB no fim de 2021 sobe de 3,6% para 4,6%, aponta RTI
Entre os componentes do PIB para 2021, o BC alterou de expansão de 2,0% para 2,5% a projeção para a agropecuária. No caso da indústria, a estimativa passou de elevação de 6,4% para 6,6% e, para o setor de serviços, de aumento de 2,8% para 3,8%.
Do lado da demanda, o BC alterou a estimativa do consumo das famílias de crescimento de 3,5% para 4,0%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi de elevação de 1,2% para 0,4%.
O documento agora divulgado indica ainda que a projeção de 2021 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – foi de alta de 5,1% para 8,1%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em março.
Transações correntes
O Banco Central também atualizou, por meio do RTI, suas projeções para o balanço de pagamentos em 2021. A projeção para o resultado em transações correntes do País foi de superávit de US$ 2 bilhões para US$ 3 bilhões. A estimativa anterior constou no RTI de março.
Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) neste ano foi mantida em US$ 60,0 bilhões.
Conforme o RTI publicado nesta quinta, a estimativa para o investimento de estrangeiros em carteira (renda fixa e ações) em 2021 passou de saldo positivo de US$ 10 bilhões para saldo positivo de US$ 21 bilhões.
Entre os componentes da conta de transações correntes, o BC informou que sua projeção para o superávit comercial este ano foi mantida em US$ 70 bilhões. Já a estimativa para a rubrica de serviços passou de saldo negativo de US$ 22 bilhões para saldo também negativo de US$ 19 bilhões. No caso da conta de renda primária, o saldo projetado passou de negativo em US$ 47 bilhões para déficit de US$ 51 bilhões.
Crédito
O Banco Central promoveu ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2021. A instituição alterou, no RTI, sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 8,0% para elevação de 11,1%.
Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 11,5% para elevação de 13,5%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 3,4% para 8,0%.
Já a projeção para o saldo de crédito livre – aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES – passou de alta de 11,1% para elevação de 13,5%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 12,0% para alta de 14,0%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 10,0% para avanço de 13,0%.
A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de +3,7% para +7,7%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 11,0% para avanço de 13,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou baixa de 7,0% para estabilidade em 0,0%.
Atividade econômica e pandemia
O Banco Central divulgou no Relatório Trimestral de Inflação um box em que avalia a conexão entre o nível de atividade econômica e a intensidade da pandemia. “O modelo indica que recentemente houve uma redução da sensibilidade da atividade econômica à intensidade da pandemia. Esse fato pode estar ligado à surpresa positiva com os dados da atividade econômica no período”, afirma a instituição.
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