Produtores se organizam para buscar a Indicação Geográfica para o café de Mandaguari
Em Mandaguari, noroeste do Paraná, produtores de café se mobilizam para pleitear junto ao Instituo Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o selo de Indicação Geográfica (IG) para o grão produzido no município. O grupo de 30 produtores conta com o apoio da Prefeitura de Mandaguari e do Sebrae Paraná, que atuam para custear o processo, capacitar e organizar uma associação local para o setor.
“Procuramos o Sebrae para ter orientação sobre o que fazer para conseguir a IG, entendendo que a união dos produtores nessa busca vem ao encontro da oportunidade de fomento da produção local com qualidade, além de estímulo ao turismo rural”, diz o produtor rural, do Sítio Eliza, Fernando Rosseto.
O Sítio Eliza é gerido pela quarta geração da família. São 30 alqueires de café, sendo que da safra 30% são grãos especiais. “Há tendência de crescimento do café especial no mercado. Nesse sentido, ter o selo para a produção local pode levar diversos produtores a conquistar novas perspectivas”, comenta.
Segundo o consultor do Sebrae Paraná, Luiz Carlos da Silva, com a parceria do Instituo de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Cocari e da Prefeitura, o trabalho começou com a sensibilização de agricultores.
“Foi realizado o diagnóstico e planejado o processo que exige a criação de um caderno de especificações, que determinará as melhores práticas de plantio, colheita, entre outros. A organização de uma associação dos cafeicultores é o próximo passo”, explica o consultor.
O secretário de Meio Ambiente e Turismo de Mandaguari, Eduardo Abilio Elias Rifan Nunes, diz que o objetivo é organizar o setor para um café de qualidade e para construir uma rota do café.
“A região já foi a maior produtora de café do Brasil, mas a geada de 1975 devastou as plantações e a liderança mudou. Queremos resgatar a potencialidade do município, favorecer o aumento de produções de qualidade e o turismo rural. Com a IG, será possível agregar valor e atrair produtores para um mercado especial”, observa.
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