Primeira atleta da delegação brasileira chega nesta terça em Tóquio

Depois de uma longa espera e um adiamento de um ano, os Jogos de Tóquio são uma realidade cada vez mais concreta para o Time Brasil. Neste domingo, uma atleta embarcou para o Japão e será a primeira da delegação nacional a pisar em solo japonês para a Olimpíada. Ana Sátila, da canoagem slalom, chega nesta terça-feira, no aeroporto de Narita (segunda-feira à noite pelo fuso horário do Brasil).

“Estou com uma sensação e uma energia muito gostosa em ser a primeira atleta a ir no Japão, estou extremamente feliz e tenho certeza de que vai ser uma experiência incrível não só para mim, mas para todos os atletas que irão para Tóquio. Agora é um momento de preparação por ter chegado até aqui e vai ser um alívio muito grande quando eu chegar lá, estou muito grata pelo apoio e muito contente”, afirmou Ana Sátila, que competirá nas provas de K1 e C1.

Os cuidados para o embarque começaram cedo para os competidores brasileiros que estarão na Olimpíada. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) conta até com infectologista em sua equipe e todas as orientações foram dadas aos atletas, sempre priorizando a testagem, higiene e uso de máscaras o tempo todo. Para além disso, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foi disponibilizada uma sala para a realização de exames RT-PCR, dentro da parceria da entidade com a Prevent Sports.

Como protocolo adicional, os membros da delegação ainda passarão por testes de antígeno antes do embarque. “Esse é um cuidado a mais que adotamos. Como eles serão testados na chegada a Tóquio, é melhor que nós os examinemos logo antes do embarque. Assim, caso haja algum resultado positivo, já receberão os cuidados devidos no Brasil”, explica o diretor-executivo da Prevent Sports, Álvaro Razuk.

A chegada da primeira atleta brasileiro em Tóquio dará início à principal operação para os Jogos. O COB já tem 35 profissionais no Japão, sendo que dez chegaram no dia 19 e os outros 26 desembarcaram no final de junho. Depois de Ana Sátila, chegarão ao Japão oito atletas da vela, em 9 de julho, e no dia seguinte desembarcam sete judocas e a seleção feminina de rúgbi.

“Estamos trabalhando intensamente nos preparativos de cada uma das oito bases de apoio do COB no Japão para que, quando os atletas chegarem, tudo esteja pronto e de acordo com o que foi planejado. A expectativa é que todos tenham boas condições de treinamento e possam finalizar de forma positiva sua preparação”, comenta Sebastian Pereira, gerente-executivo de Alto Rendimento do COB.

Ele lembra que o planejamento da entidade considera o tempo necessário de montagem de acordo com os equipamentos esportivos necessários para cada instalação. Segundo Sebastian, o cronograma está caminhando muito bem e estará pronto para quando os atletas chegarem em suas bases.

“Estamos em fase final de montagem da estrutura das bases e produção de mais de 700 malas de uniformes para distribuir a toda delegação. Temos uma ação grande também de manuseio e separação de materiais dos 20 contêineres com equipamentos para cada base. Itens como TVs, pisos de treinamento, material de fisioterapia, medicamentos, EPIs, totens com álcool gel, hidratação, protetor solar e cooler, entre outros”, diz.

Uma das operações que precisou ser totalmente modificada por causa da pandemia foi a distribuição de uniformes. Anteriormente, atletas e oficiais se deslocariam até uma das bases, receberiam seus materiais e fariam as trocas necessárias. Agora, cada integrante da delegação já informará previamente seu tamanho de roupa e receberá os uniformes diretamente em seus quartos, dentro de uma mala. Com isso o COB vai diminuir o número de trocas e também o risco de contato entre as pessoas.

Na terça-feira, quando Ana Sátila chegar, o Time Brasil já estará em contagem regressiva para sua estreia nos Jogos Olímpicos. Por isso, os atletas terão todas as facilidades à disposição. “A chegada ao Japão depois de uma longa viagem é difícil, devido ao desgaste da viagem e fuso horário, porém estamos confiantes que os atletas terão à disposição as melhores condições para uma rápida adaptação, considerando toda a nossa equipe de recuperação e alimentação brasileira”, conclui Sebastian.

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