Por que estudar Filosofia na reta final antes do Enem?
Quem somos? Para onde vamos? Há milênios a humanidade vem tentando desvendar os mistérios da vida e da morte por meio do trabalho de pensadores. Ler sobre as correntes de pensamento desses importantes nomes e compreender um pouco a visão de cada um deles é fundamental, ainda no mundo contemporâneo. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e nos vestibulares e concursos públicos, a Filosofia é uma das disciplinas que podem contribuir para escrever uma boa redação e responder com mais assertividade às questões.
Para o assessor da área de Filosofia do Sistema Positivo de Ensino, Jorge Prado, candidatos que têm uma boa compreensão da Filosofia podem alcançar melhores resultados nesse tipo de prova. “Ter boas noções de Filosofia não é positivo só para a prova de Ciências Humanas, mas também contribui para uma redação mais completa. Isso porque uma visão crítica da sociedade e da realidade atuais é muito importante para ampliar o repertório argumentativo e cultural”, explica. Como o Enem é um exame com perguntas interdisciplinares, ter conhecimentos filosóficos ajuda a responder também às questões de Ciências da Natureza e de Linguagens.
Ao longo dos últimos anos, dois dos temas mais cobrados foram ética e política. Uma boa lista de autores dessa área inclui nomes como Sócrates, Platão, Rousseau, Kant, entre outros. “Até mesmo os filósofos pré-socráticos podem ser cobrados nas provas. A dica é estudar Filosofia Antiga, principalmente o helenismo antigo e a visão racional sobre a natureza”, destaca Prado. Outros assuntos que podem aparecer no Enem são as teorias do conhecimento, feminismo, epistemologia, crítica da moralidade, existencialismo, fenômenos políticos totalitários e fenomenologia, por exemplo. O especialista indica revisar as provas de anos anteriores para ter uma ideia de como esses conteúdos são cobrados.
Filosofia fora dos livros
Embora os conteúdos mais importantes estejam nos livros didáticos, atualmente existe boa Filosofia sendo difundida em outros meios. Prado lembra que o principal é ter reflexões que permitam uma análise mais crítica das ações e pensamentos da sociedade atual. “Estudar Filosofia requer estar bem informado sobre temas como política, arte, tecnologia, cultura digital, meio ambiente, saúde, economia, cidadania e outros assuntos que fazem parte do nosso cotidiano”, afirma. Saber opinar sobre demandas e lutas sociais também é indispensável. Mas atenção: nem tudo o que reluz é ouro. Na hora de buscar outras fontes de informação, procure certificar-se da qualidade dos conteúdos e da veracidade das informações. “O ideal, para fugir de opiniões enviesadas, é sempre falar sobre esses conteúdos com especialistas e professores da área”, completa.
Enem: Filosofia em três passos
Prado destaca três dicas fundamentais para a reta final de preparação do Exame Nacional do Ensino Médio:
- Estudar Filosofia requer reflexão e atenção. Além de ler os conteúdos específicos, é preciso estimular o raciocínio a partir do que está sendo lido. Como esses conteúdos também aparecem em outras partes da prova, os conhecimentos que vêm da Filosofia podem ajudar a resolver diversas questões.
- Não basta estar informado, é preciso que essas informações venham de fontes seguras, com evidências científicas. Uma dica é revisar questões de anos anteriores, sempre fazendo uma avaliação crítica de conteúdos como filmes, podcasts e séries.
- Esclarecer dúvidas e promover reflexões críticas com seu professor é uma ótima estratégia. Dialogar com bons argumentos ajuda a ampliar o repertório cultural, o que é uma ferramenta potente para o Enem.
Da Central Press