Polícia do Senado ouve Filipe Martins e avalia indiciá-lo
Martins dá expediente no Palácio do Planalto e integra a ala ideológica do governo de Jair Bolsonaro. Sentado atrás do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência provocou polêmica ao juntar as pontas do indicador e do polegar, como num sinal de “Ok”, estendendo os três dedos restantes e movimentando a mão para cima e para baixo. O gesto é usado por extremistas e associado a símbolos de ódio.
Mais tarde, no mesmo dia, Martins negou que tenha sido essa sua intenção e alegou que apenas ajeitava a lapela do próprio terno. “Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao ‘supremacismo branco’ porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um”, escreveu o assessor de Bolsonaro.
Caso seja indiciado, uma acusação contra Martins será encaminhada ao Ministério Público, que pode denunciá-lo na Justiça. A Polícia Legislativa avalia se gesto feito pelo assessor de Bolsonaro foi obsceno, ofensivo ou até mesmo racista.
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