PF faz operação em 20 Estados e no DF contra rede de pedofilia na darkweb
Dando destaque ao volume de material produzido pelo grupo investigado e à periculosidade dos alvos da investigação, a PF diz que o objetivo da ofensiva aberta nesta sexta-feira é não só identificar e prender abusadores sexuais e de consumidores de pornografia infantil, mas também localizar e resgatar crianças que se encontram em situação de extrema violência.
A operação investiga crimes de venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil e estupro de vulnerável. As diligências são realizadas no DF e nos Estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
De acordo com a PF, a investigação cuja fase ostensiva é deflagrada nesta sexta teve início em 2016, quando a corporação fechou parcerias com forças policiais dede outros países para identificar pessoas que se utilizavam da darkweb para difundir material de abuso sexual infantil.
“Os criminosos atuavam mediante divisão de tarefas (arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens, dentre outros) com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e, ainda, alimentar a demanda por esse tipo de material”, explica a corporação.
Ao longo das investigações, a PF identificou um brasileiro que utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil do mundo. Os fóruns da darkweb em questão eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas, dizem os investigadores.
Ainda segundo a corporação, os sites eram utilizados por mais de 1.8 milhão de usuários, em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes.
A Polícia Federal conseguiu identificar e prender o principal responsável pelos sites, em uma ação que foi batizada de Operação Lobos. Segundo a corporação, a diligência não foi divulgada à época para que não fossem prejudicadas as prisões de produtores e consumidores deste tipo de material criminoso, além do resgate de crianças vítimas em todo o mundo.
Com a continuidade das medidas investigativas em sigilo, a PF diz ter identificado e localizado dezenas de indivíduos no Brasil envolvidos com a produção e divulgação de material envolvendo abusos sexuais contra crianças e adolescentes.
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