PDT entra com representação no Supremo para pedir ‘interdição’ de Bolsonaro
“O povo brasileiro que sofre as agruras das incapacidade mental do Presidente da República, no que, bem por isso, deve receber a salvaguarda dos influxos deletérios provenientes da mente do Senhor Jair Messias Bolsonaro”, registra a petição.
No documento, o PDT, o presidente da legenda Carlos Lupi e o ex-deputado Ciro Gomes listam diversas ações do presidente, as quais classificam como ‘condutas que jamais seriam praticadas por pessoas em plenitude comportamental’.
A mais recente delas diz respeito ao ‘desfile’ de tanques de guerra na Esplanada dos Poderes nesta manhã, no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados deve decidir sobre o voto impresso, bandeira do chefe do Executivo. “Obviamente que o desfile é uma tentativa de intimidação para o Poder Legislativo, o que é uma loucura, uma conduta que não guarda sintonia com o cargo de Presidente da República”, registra a representação apresentada ao STF.
O documento cita ainda os ataques de Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal e a cruzada do presidente contra as urnas eletrônicas. A ofensiva de Bolsonaro gerou uma reação em cadeia do Judiciário na última semana, com duas notícias-crimes apresentadas pelo Tribunal Superior Eleitoral contra o presidente, além de duros recados dados por ex-presidentes da corte eleitoral e pelo chefe do STF, ministro Luiz Fux. Uma das peças encaminhadas pelo TSE ao Supremo culminou na abertura de mais uma investigação contra Bolsonaro, vinculado do inquérito das fake news.
O PDT fala ainda na ‘atuação desastrosa’ de Bolsonaro na pandemia apontando que o presidente tem uma ‘estratégia na disseminação da covid’. De acordo com o partido, o presidente ‘não tem o discernimento necessário, nem tampouco capacidades mentais plenas para seguir’ no cargo ‘pois não se afigura aceitável que um Presidente da República atue com a finalidade de conduzir a população à morte’.
“A população brasileira assistiu, incrédula, a condução genocida e ignóbil do Presidente da República, que insiste em entronizar o negacionismo e o obscurantismo em detrimento da ciência e da vida humana. Menoscabou-se a vacina, as medidas restritivas e os estudos científicos. Tudo isso com o cerne único e inabalável de satisfazer caprichos escusos e desejos de índole duvidosa”, diz a peça.
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