PCD: atendimento humanizado auxilia na inserção no mercado de trabalho

A taxa de participação das pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho ainda é pequena. Conseguir uma boa colocação em uma empresa tem sido um desafio constante, mesmo com a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (8.213/91), que determina que empresas com 100 empregados ou mais reservem vagas para o segmento. A falta de mão de obra qualificada é um gargalo do setor.

Segundo pesquisa divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas metade (51,2%) das pessoas com deficiência que possuem ensino superior completo estão ocupadas no mercado de trabalho. A proporção é bem menor do que a das pessoas sem deficiência, entre as quais 80,8% daquelas que possuem educação superior fazem parte da população ocupada.

Mesmo as pessoas sem deficiência com ensino superior incompleto (taxa de ocupação de 71,6%) e médio incompleto (64,1%) conseguem mais oportunidades de emprego do que aquelas com deficiência e superior completo. Entre as pessoas com deficiência, as taxas de ocupação são de 42,4% para ensino superior incompleto e 33,6% para ensino médio incompleto. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Pessoas com Deficiência 2022, realizada no terceiro trimestre do ano passado.

De olho nessa realidade, a Agência do Trabalhador de Toledo realiza ações específicas para atender de forma humanizada esse público. O gerente da Agência, Rodrigo Souza, explica que foi designado um servidor PCD para acompanhar os candidatos. “Na hora que a pessoa preenche o currículo na Agência do Trabalhador, se o candidato colocar que tem alguma deficiência, o servidor já inicia um monitoramento de vagas para encaminhar esse candidato”.

MONITORAMENTO – De janeiro a maio deste ano, Souza pontua que a Agência do Trabalhador de Toledo conseguiu empregar 38 pessoas PCD no município através das intermediações. No mesmo período, a equipe tem monitorado outras 65 pessoas. No total, são aproximadamente 100 pessoas PCD no ‘radar’ da Agência do Trabalhador de Toledo no período de cinco meses. “É um número considerável levando em conta os desafios para colocar esse público no mercado de trabalho”.

Souza explica que as empresas ofertam vagas de trabalho PCD, no entanto encontram dificuldades para empregar por conta da falta de qualificação. “As empresas disponibilizam essas oportunidades, mas muitas vezes falta a escolaridade mínima exigida ou um curso técnico. Outra dificuldade apresentada pelas empresas é a rotatividade do trabalhador. São alguns pontos que as vezes dificultam esse processo de colocação do candidato no mercado de trabalho”.

AÇÕES – Contudo, a Agência do Trabalhador de Toledo tem realizado ações para auxiliar os candidatos PCD na inserção no mercado de trabalho. “No ano passado foram realizadas duas ações relacionadas ao Dia D com atendimento específico para esse público. Neste ano implantamos o atendimento humanizado e ainda temos realizado o monitoramento das vagas para esses candidatos. Estamos com 65 pessoas para colocar no mercado de trabalho. Além disso, estamos planejando uma nova ação do Dia D na data de 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência”.

 Com informações da Agência Brasil*

*Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.