Para=Ação: paratletismo como ferramenta de inclusão social
O quanto uma pessoa com deficiência é capaz? Algumas pessoas se fazem essa pergunta, mas não fazem para quem importa. No projeto Para=Ação (Para igual ação) da Afeto (Associação dos Amigos e Atletas do Futsal e Futebol Feminino de Toledo), essa resposta é dada na prática.
Atualmente, atendendo 12 paratletas (crianças e adultos) nas modalidades arremesso de peso, lançamento de dardo, corrida e salto em distância, com apoio da Itaipu Binacional, o projeto, que coloca o paratletismo no centro das atividades, tem contribuindo para que os participantes superem desafios.
“Eles são ativos e engajados, sempre em busca de aprimorar seus movimentos e demonstrar para si mesmos e para suas famílias que são capazes”, conta a professora responsável pelo projeto Cristiane Caroline Panarotto.
Segundo ela, esse é um dos objetivos do projeto. “Nós utilizamos o paratletismo como uma ferramenta eficaz de inclusão social. A intenção é que eles se sintam plenamente integrados na sociedade e conscientes de suas habilidades e capacidade”.
Além da inclusão social, a ideia é oferecer condições para que os jovens envolvidos possam fazer do atletismo um projeto de vida significativo. E os benefícios se estendem à melhoria das capacidades e habilidades motoras, proporcionando autonomia e independência aos participantes. “Ao se tornarem mais independentes, os alunos ganham confiança em si mesmos”.
Mas, apesar dos esforços e do impacto positivo do paratletismo, o projeto Para=Ação destaca desafios significativos enfrentados no cenário do paradesporto. A falta de apoio e empatia de algumas instituições é uma barreira notável, onde muitas consideram a causa admirável, mas poucas realmente apoiam e contribuem para o crescimento efetivo desta área.
Outro desafio é a questão da acessibilidade, uma vez que nem todos os lugares são adequados para certas atividades paratletas, exigindo um suporte especial que muitas vezes não está disponível.
Porém, a equipe por trás do Para=Ação está determinada a superar esses desafios. Em relação à acessibilidade, sempre que surgem dificuldades significativas, a informação é levada aos responsáveis pelo esporte no município, buscando melhorias que possam beneficiar não apenas o projeto, mas todos os paratletas da região.
Além disso, a utilização das redes sociais se tornou uma ferramenta poderosa para mostrar ao público quem são e o que fazem no projeto Para=Ação. Isso visa informar sobre o paratletismo e desmistificar conceitos. “O apoio da sociedade é essencial para tornar o paradesporto mais visível e reconhecido, contribuindo para a construção de um ambiente inclusivo e acolhedor para todos. A Afeto acredita que, juntos, podemos fazer do paratletismo uma realidade mais presente e valorizada em nossa sociedade”.