Pacheco diz que Senado vai tentar analisar Código Eleitoral em setembro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sinalizou nesta quinta-feira, 16, que os senadores vão analisar a possibilidade de votar a proposta do novo código eleitoral neste mês. A análise da proposta foi concluída pela Câmara dos Deputados na madrugada desta quinta-feira. A medida tem que ser aprovada até outubro para que as novas regras passem a valer nas Eleições de 2022.

“É provável que no início da próxima semana nós façamos uma reunião específica sobre o código eleitoral, para identificarmos a possibilidade de apreciarmos ainda no mês de setembro ou não”, disse Pacheco, que afirmou que o tema não foi tratado pelo colegiado de líderes hoje. “Sabemos a complexidade do tema, são muitos artigos que estão neste código aprovado pela Câmara. Em respeito à Câmara, vamos ter toda a dedicação para fazer uma avaliação sobre a apreciação ainda em setembro, se é possível ou não.”

A proposta aprovada pela Câmara traz a determinação de uma quarentena obrigatória para militares, policiais, promotores de Justiça e juízes que quiserem disputar as eleições a partir de 2026. Questionado, Pacheco evitou fazer uma avaliação se há incômodo ou não no Senado sobre a regra. “É mais um tema a ser apreciado, como foi pela Câmara”, disse.

Em relação à reforma do Imposto de Renda, também já aprovada pela Câmara, Pacheco afirmou que não há consenso no Senado sobre o tema e sinalizou que não haverá pressa para analisar a medida. “Não podemos ter precipitação quanto a isso. O projeto veio da Câmara, vamos ter que avaliá-lo”, disse. A matéria deve ser analisada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O tema deve ser analisado em paralelo à proposta de Reforma Tributária que tramita no Senado. Uma reunião com o relator da Proposta de Emenda à Constituição 110/2019, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), está prevista para a próxima quarta-feira, 22. “Vamos analisar a reforma tributária de uma forma ampla, todos os projetos que são relativos a isso”, disse Pacheco. Segundo ele, o importante é que o Senado avance nas pautas.

Sabatina para STF

Em meio à pressão para análise da indicação do nome de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), Pacheco afirmou que há sempre um desejo para agilizar as análises de nomes enviados pelo presidente. No entanto, disse que é normal que os nomes passem por sabatinas e apreciações dos senadores.

“É meu desejo sempre dar a agilidade devida no Senado Federal para a aprovação desses nomes. Há nomes pendentes, há já nomes aprovados, há nomes que já foram aprovados na comissão independente do plenário. É da dinâmica do parlamento”, disse.

Ele afirmou que os senadores terão “toda atenção” para a indicação de Mendonça e de outras que estão pendentes, para que haja um “esforço concentrado” o mais breve possível. “Lembrando que estamos vivendo ainda um sistema de privações, uma época de privações em função da pandemia. Essas indicações precisam ter presença física dos senadores.”

...
Você pode gostar também

Comentários estão fechados.