Número 2 da Saúde recomenda uso de máscara e vacinação contra ‘flurona’
“Estamos enfrentando tanto o vírus da #GripeH3N2, como a #Covid19, em que ambos atacam o sistema respiratório e apresentam sintomas bem parecidos. Além dos cuidados não farmacológicos, não deixem de se vacinar”, escreveu. “Se estiver em dúvida se é gripe H3N2 ou covid-19, faça um teste.”
Além de promover aglomerações com frequência, Bolsonaro defende, há meses, o fim da obrigatoriedade do uso de máscara contra a doença. Em dezembro, Bolsonaro subiu o tom contra o equipamento de proteção durante uma cerimônia em homenagem ao Dia do Forró no Palácio do Planalto. “Aqui é proibido usar máscara”, disse.
O Estado de São Paulo já registrou pelo menos 110 casos de “flurona”. O levantamento foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde com base em dados de 2021 extraídos do sistema Sivep-Gripe. Conforme a Prefeitura da capital paulista, 24 casos de infecção dupla foram confirmados na cidade desde o início da pandemia. Há ocorrências de codetecção em pelo menos três Estados do País.
A Secretaria da Saúde de São Paulo informou que os dados levantados referem-se a casos hospitalizados que tiveram positividade tanto para influenza quanto para SARS-CoV-2 por meio de teste rápido de antígeno e/ou de RT-PCR. “Conforme definição do Ministério da Saúde, somente os casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) são de notificação compulsória”, explicou a pasta. Não foi especificado se as coinfecções têm aumentado ao longo das últimas semanas.
Há suspeitas de que as coinfecções possam ter crescido a partir do fim do ano passado porque o País identificou surtos de influenza em diferentes regiões, como Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo especialistas, a alta de casos da gripe pode ter se dado principalmente por causa da variante Darwin do H3N2, que escapa à vacina contra influenza aplicada no Brasil neste ano.
Em sua postagem, o número 2 do Ministério da Saúde afirmou que a Darwin “vem sendo cadastrada em nossos sistemas, em vários Estados do País”. Ele disse que “o uso de máscaras, a higienização das mãos” são medidas “sumariamente” importantes e recomendou que “todos se vacinem contra a gripe”. “Evite aglomeração em ambientes fechados, mantenha o ambiente arejado, lave as mãos com água e sabão, ao tossir cubra o nariz e a boca com um lenço, use máscara de proteção, não compartilhe objetos pessoais e evite tocar os olhos, nariz e boca”, recomendou.
O secretário explicou que a H1N1 e a H3N2 são variantes do vírus sazonal da gripe Influenza A. Os sintomas costumam aparecer de 1 a 4 dias, após a infecção. “Sintomas: picos de febre alta, dor de cabeça, corpo e articulações, mal-estar, calafrios, congestão nasal, tosse, garganta inflamada e fadiga”, escreveu. “Transmissão: exposição a gotículas da saliva pela da tosse, espirros ou fala, contato com local infectado e toque nos olhos, nariz e boca.”
Segundo Cruz, o Instituto Butantan está produzindo um imunizante que contém a nova variante. As vacinas são atualizadas a cada ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), relatou. “A vacina será trivalente (H1N1, H3N2 e subtipo Darwin e cepa B)”, afirmou. “Será distribuída pelo SUS, em 2022.”
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