Núcleo de Imobiliárias de Toledo aposta na oferta e procura do mercado

A pandemia fez uma espécie de ‘dança das cadeiras’ no setor imobiliário local desde o começo da pandemia em 2020. Para a coordenadora do Núcleo de Imobiliárias de Toledo da Associação Comercial e Empresarial local (Acit) Adriana Regina Zanatta, o período tem proporcionado uma reacomodação do mercado. Ao mesmo tempo que algumas empresas buscaram locais com um valor menor; outras cresceram e procuraram espaços maiores.

De acordo com Adriana, alguns estabelecimentos aproveitaram o momento e expandiram seus negócios. Com isso, imóveis que estavam para alugar foram ocupados mesmo diante da pandemia. “Algumas empresas tiveram êxito em suas estratégias e cresceram; outras se mantiveram estáveis. Isto se dá ao tipo de mercado ao qual a empresa está inserida, sempre com relação direta na lei da oferta e da procura de algum serviço ou produto”.

Além disso, muitas salas novas foram construídas nos últimos meses, o que naturalmente leva os empresários a buscarem esses imóveis. Adriana acredita que se trata do ajuste de oferta e de procura. “Sempre monitoramos o estoque de imóveis disponíveis aos clientes e esse número sempre permaneceu nos parâmetros”, afirma a coordenadora do Núcleo.

Segundo Adriana, o Núcleo não identificou situações pontuais de clientes que

optaram em desistir do aluguel e migrar somente para o negócio on-line. “A princípio não temos clientes que fizeram registros com este motivo de desocupação, mas acredito que trata-se de uma realidade, ainda pouco expressiva em cidades menos populosas como Toledo, porém mais comum nos grandes centros”.

Ela complementa que a realidade local oscilou no período da pandemia. “Em alguns meses, nós tivemos mais desocupações, mas, na sequência, registramos períodos de bastante procura e novas locações, sendo que dessa forma o mercado se manteve estável”, menciona a coordenadora do Núcleo.

Momentos de conversas entre o empresário e o proprietário do imóvel para chegar ao ponto de equilíbrio de valores dos alugueis foram e ainda são fundamentais. “O que chamamos de ganha-ganha, ao mesmo tempo que para o empresário é um grande transtorno mudar de local, além dos custos da mudança e de montar uma nova estrutura. Diria que em quase 100% dos contratos existe negociação, porque os proprietários estão conscientes do momento difícil que todos vivem”, enfatiza Adriana.

IMPACTOS – Mesmo o mercado tentando se manter estável durante a pandemia, as alterações nas taxas de Índice Geral de Preços ao Mercado (IGPM) ainda impactam nos contratos de alugueis de estabelecimentos comerciais. “A alta deste imposto nos últimos 12 meses reflete no reajuste dos contratos, embora no mês de junho observamos uma desaceleração desse índice”, declara Adriana.

Ela esclarece que como os contratos são reajustados pelo acumulado dos últimos 12 meses, essa alta ainda terá reflexo pelo menos nos próximos oito meses. “Infelizmente, todos os empresários, desde o pequeno até o grande, serão afetados. Tudo é muito relativo e depende do ramo de atividade. Mesmo as empresas mais estruturadas tiveram que inovar, se reinventar para chegar até o cliente e conseguir sobreviver”.

Todo este movimento teve o objetivo de buscar a compreensão de um novo mercado. “Algumas empresas surfaram na onda e cresceram, mas considero isso uma exceção. Podemos dizer que a grande maioria ‘repetiu o ano’”, menciona Adriana.

No entanto, o avanço da vacinação e a retomada econômica devem ‘aquecer’ o mercado imobiliário, principalmente, no setor de aluguéis comerciais. “O mercado se manteve estável nos últimos 12 meses e, por isso, estamos otimistas para um crescimento, uma vez que as taxas de juros baixas proporcionam o aquecimento do mercado imobiliário, porém tudo depende da economia de forma geral”, finaliza a coordenadora do Núcleo Adriana.

Da Redação

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