Na estreia de Felipão, Gre-Nal vale abrandamento da crise para os dois lados

Em crise no Brasileirão, Grêmio e Internacional viverão um sábado que promete desencadear desfechos extremos. A partir das 16h30, os rivais gaúchos estarão em campo na Arena gremista para disputar o Gre-Nal 433, em jogo válido pela 11ª rodada, diante de um cenário bastante caótico. Se a igualdade não prevalecer no placar, um lado sairá de campo aliviado, enquanto o outro terá que lidar com uma pressão ainda mais intensa.

O mais pressionado, certamente, é o Grêmio, que ainda não venceu no campeonato e ocupa a lanterna, com apenas dois pontos somados. A péssima campanha custou o emprego do técnico Tiago Nunes, demitido e substituído por Felipão. Anunciado na quarta-feira, após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, o experiente treinador reestreia justamente no clássico, iniciando a quarta passagem pelo clube tricolor.

Já o Internacional não está tão mal quanto o rival, mas está mal o suficiente para também estar em crise. Sem vencer há quatro jogos, com duas derrotas e dois empates, o time comandado por Diego Aguirre ocupa o 14º lugar, com dez pontos, e corre o risco de terminar a rodada dentro da zona de rebaixamento.

Na missão de diminuir para cinco pontos a distância em relação ao Inter, o desesperado Grêmio teve apenas um treino sob o comando de Felipão, na manhã desta sexta-feira. Após o trabalho, ele foi apresentado oficialmente e falou sobre a importância de vencer o Gre-Nal mais pelos três pontos do que pela rivalidade.

“Pode dar uma moral diferente (se vencer o Gre-Nal), mas valem três pontos. É importante um Gre-Nal, mas não esquecemos que os outros jogos também são importantes. O Gre-Nal é um início. Coube a mim essa situação, que também valeria três pontos”, avaliou o treinador em sua primeira coletiva de imprensa.

Durante o treino, Felipão testou algumas mudanças, mas não confirmou o time que vai a campo. É certo que ele não conta com Breno e Matheus Henrique, convocados pela seleção olímpica, além de Thiago Santos e Maicon, que continuam como desfalques. O técnico trabalha com duas possibilidades: manter o esquema tático ou mandar a campo um time com três zagueiros. No primeiro caso, há duvidas entre Vanderson ou Rafinha na lateral, assim como entre Jean Pyerre e Lucas Silva no meio de campo. Em um sistema com mais um homem de defesa, Ruan ficaria com a vaga de Rafinha e Vanderson seria o escolhido no lugar de Jean ou Lucas.

Do outro lado, o Internacional se preparou durante a semana para adotar uma postura ofensiva, mesmo jogando na casa do adversário. Foi isso que o lateral Renzo Saravia disse, em tom de otimismo, em entrevista nesta sexta-feira, às vésperas do clássico.

“Buscaremos a vitória desde o início. Tentaremos ser intensos, jogar no campo deles e ser protagonistas. Esta camisa pede isso. Somos um time grande. Temos que tratar de ir lá e tentar passar por cima deles e trazer os três pontos ao Beira-Rio”, comentou o argentino.

A postura prometida por Saravia será colocada em prática com a ajuda de retornos de nomes importantes. Um deles é o meia-atacante Taison, que está recuperado de lesão na coxa direita e pode substituir Maurício, fora do Gre-Nal em razão de uma entorse no tornozelo esquerdo. Palacios também é cotado para vaga. Além disso, Victor Cuesta e Edenílson, ambos de volta após suspensão, voltam ao time.

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