MPF denuncia Maximiano por propinas de R$ 2,5 mi da Global Saúde nos Correios
A investigação aponta o pagamento de R$ 2,5 milhões em propinas pela Global, entre 2011 e 2014, em troca da venda de um serviço de seguro para remédios aos funcionários da estatal de entregas.
A denúncia teve como ponto de partida o acordo de colaboração premiada de Alexandre Romano, que é ex-vereador de Americana (SP) pelo Partido dos Trabalhadores (PT). De acordo com as apurações, o convênio com a Global Saúde foi fechado através da Fentect, entidade privada que recebe recursos dos Correios, para burlar a necessidade de licitação.
Em um primeiro momento, a adesão ao plano por parte dos trabalhadores era voluntária. Na fase inicial, Maximiano pagaria uma propina de R$ 50 mil mensais para Romano e Freitas. Em 2013, foi criada a Postal Saúde, entidade sem fins lucrativos que passou a ser responsável pela gestão de saúde dos funcionários dos Correios, incluindo o contrato com a Global. No ano seguinte, a adesão ao ‘Vale Medicamento’ passou a ser obrigatória, o que fez com que o faturamento da Global Saúde pulasse de aproximadamente R$ 800 mil para R$ 3,2 milhões, segundo a investigação. Como resultado, o valor das propinas pagas também quadriplicou, passando de R$ 50 mil para R$ 200 mil mensais, de acordo com o MPF.
Na tentativa de ocultar a origem dos valores recebidos, Alexandre Romano teria usado uma corretora de seguros e empresas de fachada para simular contratos de prestação de serviços com a Global Saúde.
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