ModalMais/AP Exata: menções nas redes a ato são menores que as do voto impresso
Segundo o levantamento, no dia que antecede as manifestações, o volume de menções ao ato a favor do voto impresso foi 4,1% maior que a convocação para o protesto de amanhã no Feriado da Independência, e 50,6% maior que a manifestação de 14 de março deste ano, contra as medidas restritivas decretadas para conter o avanço da covid-19 no País. Entretanto, ao contrário das outras manifestações, houve uma redução do porcentual de menções ao protesto do dia 7 de setembro no dia imediatamente anterior, ao contrário do que aconteceu nas outras manifestações. Segundo destaca, o volume de menções não implica volume menor de manifestantes nas ruas.
Entre os pontos a serem considerados, a pesquisa indica que a presença do presidente na avenida Paulista, na região central de São Paulo, a centralização dos protestos e a convocação da participação de fiéis em igrejas evangélicas podem estimular a participação popular nos atos amanhã.
O estudo também destaca que houve nos últimos dias uma redução de menções a setores das Forças Armadas quase na mesma proporção em que avançaram as menções às forças policiais e de segurança pública. Segundo o relatório do estudo, a ideia de que Exército, Marinha e Aeronáutica estariam aptos a apoiar uma ruptura democrática perdeu força.
Outro argumento que ficou enfraquecido é a tese de ruptura democrática. O levantamento ressalta não ter encontrado movimentos coordenados de insubordinação das Polícias Militares, mas reforça as menções pontuais de apoio ao governo. Diferente dos atos a favor do voto impresso, as manifestações para o Feriado da Independência são majoritariamente impulsionadas pela base bolsonarista.
Nas igrejas evangélicas, o engajamento atingiu o ápice na última semana, com ação efusiva de pastores convocando os fiéis para as ruas, entretanto, desde então o movimento perdeu protagonismo. Entre os caminhoneiros, outro setor de apoio ao presidente, não há adesão de toda a categoria, mas sim manifestações isoladas. “Há uma percepção das redes de que o PR consegue mobilizar a sua base de apoio. Mas o fato de os protestos lotarem ou não as ruas não deverá alterar o cenário político do país”, indica o estudo.
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