Ministra vem ao oeste conferir de perto os danos da seca
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, estarão na próxima quinta-feira (13), em Cascavel, para conferir de perto os estragos causados nas lavouras por uma das mais severas estiagens já enfrentadas pelos agricultores paranaenses nos últimos 100 anos.
A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira ao jornalista Vandré Dubiela, do Portal Sou Agro, por intermédio de uma fonte do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Existe uma possibilidade, mesmo que remota e dependendo da agenda a ser definida, de a ministra também visitar as lavouras de grãos nas cidades de Toledo, Assis Chateaubriand e Jesuítas. Mas em função das restrições nos aeroportos, a ministra tende a atender somente em Cascavel. A ministra estará acompanhada por uma comitiva integrada por técnicos do ministério e da Conab, com a finalidade de avaliar a situação atual da safra de grãos. Simultaneamente, serão feitos levantamentos para identificar as reais estimativas de perdas na atual safra.
Na quarta-feira (5), o presidente e o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken e Robson Mafioletti, respectivamente, participaram de uma reunião convocada pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Abastecimento, envolvendo ainda representantes da Conab, Embrapa, Ministério da Economia, Banco Central, Seab, superintendência estadual do Mapa, Faep, Fetaep, e outras entidades do setor produtivo, para avaliar os danos causados pela seca no Estado. O encontro foi online, sob a coordenação do secretário de Política Agrícola, Guilherme Bastos Filho.
O mais recente levantamento apresentado pelo Governo do Paraná, via Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, calcula perdas superiores a R$ 24 bilhões e comprometimento de 37,8% da safra de soja e de 42,1% de milho e 18% no feijão. A região oeste do Paraná é a mais afetada de todo o Paraná pela escassez hídrica. Não chove substancialmente nesses municípios há mais de 60 dias.
Em muitos casos, as perdas já são irreversíveis, mesmo com o surgimento da chuva a partir de agora. O desafio maior neste momento é unir forças e dar tranquilidade aos produtores para renegociarem suas dívidas junto às instituições financeiras/bancárias.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)
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