Marcelo, do Real Madrid, diz que tem interesse em investir em clubes brasileiros
“Com a SAF, os investidores começaram a enxergar o mercado de futebol brasileiro de uma outra maneira. Esse modelo permite que os clubes se estruturem melhor e passem a ter uma gestão eficiente, transparente e profissional. Ou seja, agora eles também têm a oportunidade de liquidarem suas dívidas”, afirmou Marcelo. “Assim como já acontece no futebol europeu, vamos poder trabalhar com os clubes brasileiros através de uma abordagem empresarial”, completou o lateral.
Aos 34 anos, Marcelo já adquiriu dois clubes de futebol: o Azuriz, uma equipe brasileira que tem um trabalho focado na formação de atletas, e o Mafra, clube da segunda divisão de Portugal. O projeto do lateral consiste em fazer uma conexão de mercado entre as duas equipes e fazê-las trabalharem de forma cooperada. A ideia, em linhas gerais, é que uma forme o jogador e a outra o leve para Europa em busca de vitrine e valorização.
Para realizar esses investimentos, Marcelo é representado pela “Doze”, uma holding que o lateral pretende inaugurar em 2022 e que engloba outras empresas, incluindo os clubes Azuriz e Mafra. “Abaixo dela estão algumas empresas, como a Doze Football, relacionada à gestão de carreira de atletas profissionais, Doze Media, focada em entretenimento, e Academy 12, uma escola e metodologia de ensino para jovens jogadores”, explicou Marcelo.
As pretensões do jogador do Real Madrid, clube com o qual tem vínculo até junho do ano que vem, é dar um passo para a frente nos negócios e investir em um clube europeu de maior torcida e tradição. “Nossa ideia é que esse novo clube seja complementar aos que já possuímos, de maneira que um jogador formado no Azuriz e adquirido pelo Mafra, depois possa ser comprado por esse clube flagship”, disse Marcelo na entrevista.
Investir em um time de massa faz o lateral olhar com carinho para o Brasil, onde clubes se inclinam cada vez mais para adotar o modelo SAF de gestão. De acordo com o jogador, agremiações que possuem uma torcida engajada, que costuma lotar o estádio e que carrega uma história de peso no cenário do futebol nacional são “excelentes oportunidades para um bom trabalho de marca”. “Com isso é possível fortalecer a percepção da marca, além de aumentar o valor de mercado da instituição”, disse o jogador.
O atleta garante que levar a vida como atleta e empresário ao mesmo tempo é algo que se complementam: “andam e se fortalecem juntos”. E ele reforça ainda que contribuir com o futebol, tanto dentro quanto fora dos gramados, sempre foi seu objetivo. “Sigo focado em minha carreira como atleta profissional e tenho ao mesmo tempo a estrutura da Doze representando todos os meus interesses alinhados às frentes de negócio que levam meu nome hoje”, concluiu.
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