Maksoud Plaza, hotel ícone de SP, fecha as portas nesta terça-feira

Um dos ícones da hotelaria de São Paulo, o Maksoud Plaza anunciou o encerramento das atividades nesta terça-feira, 7. O espaço – que esteve no auge nos anos 1980 e 1990 e recebeu celebridades nacionais e internacionais, como Frank Sinatra – continuará a existir enquanto marca.

Em crise, o hotel estava em recuperação judicial desde 2020, cuja ação apontava dívida de R$ 81 milhões. Em nota assinada pela administradora (HM Hotéis) e a controladora (Hidroservice Engenharia), o fechamento é atribuído à “crise da covid-19” e ao “plano de reestruturação do Grupo Hidroservice”.

O comunicado aponta que novidades e novos empreendimentos serão anunciados “em breve”, sem trazer detalhes. Além disso, não é informado o destino do espaço físico do hotel, localizado na Rua São Carlos do Pinhal, na região da Avenida Paulista, conhecido pela fachada colorida, os elevadores panorâmicos e a vista do centro expandido paulistano.

Na nota, são lembrados os mais de 3 milhões de pessoas que se hospedaram em seus 416 quartos. Segundo o comunicado, clientes com reservas agendadas serão “imediatamente” reembolsados. No local também havia um centro de eventos, teatro, algumas lojas, restaurante e bares, incluindo o premiado Frank Bar.

O hotel foi uma das principais referências em luxo e hospedagem cinco estrelas no País desde a inauguração, em 1979. Nas primeiras décadas, hospedou nomes conhecidos nacional e internacionalmente, como Margareth Thatcher, integrantes dos Rolling Stones, Ray Charles, Catherine Deneuve e Pedro Almodóvar, dentre outros. Mais recentemente, já não tinha o glamour das primeiras décadas e oferecia hospedagens a preços mais acessíveis à classe média.

Um de seus momentos mais marcantes foi um show de Frank Sinatra, em 1981, no salão nobre do hotel. Outros nomes célebres se apresentaram nos anos seguintes na casa de espetáculos do local, o 150 Night Club, como Tom Jobim, Julio Iglesias, Buddy Guy e Dorival Caymmi, segundo informações do hotel.

Uma reportagem publicada pelo Estadão em 2020 apontou que o espaço era alvo de uma longa disputa familiar. Em 2011, por causa de uma dívida trabalhista da controladora Hidroservice, o imóvel – avaliado em cerca de R$ 400 milhões – foi a leilão judicial.

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