Assembleia decreta luto de três dias pela morte do ex-deputado Luiz Carlos Martins

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSD), decretou luto de três dias pela morte do ex-deputado estadual Luiz Carlos Martins, falecido nesta segunda-feira (29) em Curitiba, aos 75 anos. Radialista, ele estava internado desde o começo de julho, quando se recuperava de uma bactéria alojada na válvula mitral, descoberta após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sofrido em junho.

O velório será realizado nesta terça-feira (30) no Espaço Ecumênico da Assembleia Legislativa, a partir das 8 horas da manhã. A cerimônia ocorre até às 14 horas. Às 15 horas será realizada uma missa na Igreja dos Passarinhos. O sepultamento está previsto para ocorrer após às 16 horas no Cemitério Parque Iguaçu.

Em 1990, Luiz Carlos Martins foi eleito deputado estadual, sendo reeleito nos anos de 1994, 1998, 2002, 2006. Tornou-se suplente na eleição de 2010, assumindo como deputado em 2013. Foi reeleito deputado estadual novamente em 2014 e 2018. Em 1995, tornou-se primeiro secretário da Assembleia Legislativa. Em 1997, assumiu um novo mandato no mesmo cargo. O primeiro cargo na vida pública foi em 1988, quando se elegeu vereador de Curitiba. 

Pesar

Ao decretar luto oficial, o presidente do Poder Legislativo, deputado Ademar Traiano, destacou a trajetória de Martins como radialista e parlamentar. “Com imensa tristeza nos despedimos do grande amigo, radialista e ex-deputado estadual do Paraná, Luiz Carlos Martins. Ele deixou um legado como comunicador e como homem público. Meus sentimentos aos amigos e familiares”, lamentou.

O primeiro-secretário da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), também lamentou a perda do de Martins e reforçou a importância de seu trabalho para o bem estar dos paranaenses. “É com profunda tristeza que recebi a informação do falecimento do ex-deputado Luiz Carlos Martins, uma referência dentro desta Casa de Leis. Tive o privilégio de estar ao seu lado por três mandatos como deputado estadual. A Assembleia do Paraná tem uma dívida histórica com ele por todo o seu trabalho não só como deputado, mas como radialista, sempre divulgando o Paraná”, disse.

A segunda-secretária, deputada estadual Maria Victoria (PP), afirmou que o Paraná perdeu uma das suas lideranças mais representativas no rádio e na política. “Uma triste notícia que nos abala profundamente. O deputado Luiz Carlos Martins construiu uma trajetória inovadora e de sucesso por onde passou. Um comunicador brilhante e um deputado solidário, que estava sempre pronto a ajudar quem mais precisa. Ficam as ótimas lembranças e os ensinamentos. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, declarou.

Trajetória

Luiz Carlos Martins dedicou 34 anos à vida pública. Ao se despedir da Assembleia Legislativa, o ex-parlamentar lembrou que concentrou sua atuação na promoção social. “Minha origem e meu trabalho são diretamente ligados com a questão da inclusão social, dos problemas da comunidade, do homem simples, do trabalhador”, declarou em janeiro de 2023.

Durante o período em que atuou como deputado estadual, o parlamentar propôs uma série de projetos que se tornaram Lei, como a 11.097/95, que proíbe a fabricação e comercialização de brinquedos assemelhados às armas de fogo. Também é autor da Lei 11.179/95, que estabelece normas para o abate de animais destinados ao consumo. Já a Lei 12.242/98 proíbe a aplicação de tatuagens permanentes em menores de 18 anos de idade sem autorização dos pais ou responsáveis. Ainda é autor da Lei 19.473/18, que obriga as agências bancárias do Paraná a disponibilizar funcionários para auxiliar idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais na utilização dos terminais de autoatendimento durante o horário comercial.

Paulista nascido em Bilac, em São Paulo, Luiz Carlos Martins viveu a infância e parte da juventude em Birigüi, onde iniciou a carreira no rádio aos 17 anos. Passou por emissoras em Marília, Londrina, São Paulo e em Jacarezinho. Já na capital paranaense, popularizou-se em programas matinais com bordões conhecidos, como “um beijo no coração” e “Oi, Oi Gente Querida”.

ALEP

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