Lula diz que decidirá sobre candidatura à Presidência no início de 2022
Depois de conversar com partidos políticos e líderes sociais, o petista declarou que pretende se reunir com empresários e outros representantes da sociedade. Na coletiva de imprensa, o ex-presidente disse estar disposto a “deixar para trás” as polêmicas em relação à Lava Jato e à cobertura dos meios de comunicação. “Eu não vou discutir Lava Jato, na minha vida acabou.”
Lula recuou em relação à proposta de regulamentação da mídia defendida pelo próprio partido e afirmou que esse deve ser um assunto discutido pelo Congresso Nacional, e não pelo presidente da República.
A regulamentação da mídia é uma das propostas do PT e fez parte do plano de governo de Fernando Haddad na campanha eleitoral de 2018, quando Lula estava preso em Curitiba.
“O que se propõe é que em algum momento da história do Congresso Nacional esse tema pode ser debatido. Esse não é um tema do presidente da República, é um tema do Congresso Nacional”, disse Lula.
Apesar da sinalização, Lula reforçou que o debate precisa ser feito com toda a sociedade do País, sobretudo em relação aos meios de comunicação digital. Um projeto de lei para regulamentar as fake news na internet tramita no Congresso, mas é alvo de uma série de questionamentos entre políticos e empresas.
“Eu não sei por que tanta polêmica, sobretudo o digital. Jornais e revistas nunca poderão ser regulamentados porque, primeiro, dependem do dono escrever e, segundo, depende do Congresso Nacional.” O petista destacou que não aceita a ideia de que o único controle seja o “controle remoto”.
Terceira via
Lula afirmou, ainda, que a campanha presidencial no próximo ano será concentrada entre Bolsonaro e uma possível candidatura dele próprio. Os outros pré-candidatos, afirmou o petista, têm o direito de disputar o primeiro turno da disputa em 2022. “Podem ter quantas vias quiser. Eu acho muito, muito, importante.”
Combustíveis
Na coletiva, Lula falou também sobre o preço dos combustíveis. Mais cedo, a Petrobras anunciou reajuste de 7,2% nos preços da gasolina e do gás de cozinha, sustentada no aumento do dólar, do petróleo e do insumo. “Não existe nenhuma razão para que o preço dos combustíveis e do diesel no Brasil seja internacionalizado”, afirmou o ex-presidente.
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