Justiça condena a 30 anos de prisão mulher que matou asfixiado músico americano

O Tribunal do Júri de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, condenou a 30 anos de reclusão uma mulher acusada de assassinar músico norte-americano que conheceu pela internet. O caso ocorreu em 2006. Ela foi condenada por homicídio qualificado com emprego de asfixia e praticado para assegurar a impunidade de crime anterior. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado e ela não poderá apelar em liberdade.

Segundo os autos do processo, o músico manteve um relacionamento à distância com a acusada, acreditando que seu sentimento era correspondido. Quando veio ao Brasil, em abril de 2006, ela teria o mantido dopado em cárcere privado por cinco dias enquanto sacava dinheiro da conta dele e o usava para fazer compras. Depois, matou-o e abandonou o cadáver queimado em uma estrada, segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo.

“A prova também dá conta de que a ré se valeu de tal situação para reiteradamente fazer a vítima crer que ela passava por dificuldades e convencê-lo a prestar-lhe auxílio financeiro”, descreveu o juiz Milton de Oliveira Sampaio Neto na sentença.

Posteriormente, a mulher foi presa em flagrante, processada e condenada por crime de roubo qualificado. Ela e outro réu foram condenados pela ocultação de cadáver, mas o magistrado reconheceu a prescrição do crime. Um terceiro réu foi absolvido pelos jurados.

Ao fixar a pena, o magistrado ressaltou ‘a alta reprovabilidade da conduta da ré e a periculosidade de sua personalidade’. Ele determinou sua imediata prisão.

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